Primeiro exame de Matheus, de 16 anos, na chegada ao clube acusou alteração cardíaca. Em novo teste, ele passou e assinou contrato até 2015
Vítor Júnior tem sido um destaques do Botafogo no começo do Campeonato Brasileiro. Aos 25 anos, chegou ao clube emprestado pelo Corinthians até o fim do ano, conquistou seu espaço e, agora, é titular do time. Mas antes de desembarcar no Rio, ele viveu um drama protagonizado pelo irmão Matheus, de apenas 16 anos, que atua como volante e havia sido contratado pelo Fluminense em fevereiro.
Em exames médicos de rotina para a assinatura de seu contrato, foi detectada uma arritmia cardíaca. Matheus ficou afastado um mês até realizar novos testes, que o liberaram para jogar futebol. O tempo acabou sendo inimigo da família Oliveira, que sofreu com o caçula durante todo esse período.
Daqui a pouco, volta a jogar - comentou Vítor Júnior, que tem mais um irmão, Leonardo, de 22 anos.
O registro do contrato na Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) só aconteceu no dia 20 de abril e tem duração até 31 de março de 2015. Depois do drama, Matheus, agora, vive o sonho de um dia se tornar profissional como o irmão. Neste sábado, coincidentemente, o Fluminense vai enfrentar o Botafogo, pelo Carioca juvenil, mas ele não estará em campo. Continua na luta para realizar seus objetivos.
- Voltei a jogar há pouco tempo por causa desse problema. Foi só um susto mesmo e já treino com o grupo. Estou aqui desde fevereiro, esperando oportunidades. O técnico achou melhor eu ainda não ir para esse jogo, pois estou há algum tempo fora. Quem sabe no próximo? - comentou Matheus.
Sua vinda para o Fluminense aconteceu depois de uma boa exibição pelo Porto Alegre, clube que pertencia a Assis, irmão e empresário de Ronaldinho Gaúcho, e teve suas atividades suspensas. Matheus acabou recebendo a oportunidade de mudar de ares. Agora, vive com a coincidência de estar na mesma cidade do irmão mais velho, que pode um dia ter pela frente como rival. Como volante, poderá ser obrigado a marcar Vítor Júnior de perto.
- Se a gente um dia se enfrentar, nossos pais vão ficar de coração partido. Marcar o Jú (apelido de Vítor Júnior) é complicado, pois tem muita velocidade e habilidade. Isso um dia pode acontecer. Brincamos muito com a situação. Um dia, fui com o Fluminense para São Paulo e encontrei com ele vestido todo de Corinthians. É meu irmão fora de campo. Dentro de campo, é cada um dando a vida - comentou Matheus.
Com apenas 1,69m, o meia do Botafogo é bem mais baixo que o irmão mais novo. Matheus já tem mais de 1,80m e idade para crescer. Os conselhos são muitos para o menino, que mora em Xerém, no centro de treinamento Vale das Laranjeiras, e passa as folgas na casa de Vítor Júnior, na Barra da Tijuca.
- Às vezes, ele precisa de uma dura. Fica se achando demais. Tem que ser passo a passo - comentou Vítor Júnior, que cuida mais de perto do caçula, já que os pais moram em Porto Alegre.
Matheus aceita os conselhos dor irmão e procura se espelhar na vida difícil que Vítor Júnior para conseguir se firmar em um grande clube. Depois de passagens até por Croácia e Japão, ele ainda passa por esse processo e o caçula acompanha, agora, mais de perto.
- Ele está sem me ajudando. É um espelho para mim por tudo o que já passou. Sempre disseram ao Vítor que ele não seria jogador por causa do tamanho e está aí, dando a volta por cima. Ele fala comigo, diz que nunca teve um contrato como meu na minha idade. Para eu aproveitar a oportunidade, que está tudo na minha mão e só depende de mim - contou Matheus.
Pela primeira vez na carreira, Matheus mora numa concentração. Os amigos que já fez no Fluminense não deixam passar as brincadeiras sobre o seu irmão mais velho. Até mesmo a escalação de Vítor Júnior no Cartola FC vira motivo de piada.
Em exames médicos de rotina para a assinatura de seu contrato, foi detectada uma arritmia cardíaca. Matheus ficou afastado um mês até realizar novos testes, que o liberaram para jogar futebol. O tempo acabou sendo inimigo da família Oliveira, que sofreu com o caçula durante todo esse período.
Vítor Júnior (no alto, à esquerda), Leonardo, de verde, e Matheus, de vermelho, com amigos (Arquivo Pessoal)
- Foi complicado. Minha mãe (Vera) já sofreu um AVC e meu pai (Vítor) teve um aneurisma. Ficamos muito preocupados com a situação dele. O Matheus passou um mês sem jogar, pois os médicos disseram que precisaria passar por um período de repouso. Graças a Deus, tudo deu certo e ele está no Fluminense.Daqui a pouco, volta a jogar - comentou Vítor Júnior, que tem mais um irmão, Leonardo, de 22 anos.
O registro do contrato na Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) só aconteceu no dia 20 de abril e tem duração até 31 de março de 2015. Depois do drama, Matheus, agora, vive o sonho de um dia se tornar profissional como o irmão. Neste sábado, coincidentemente, o Fluminense vai enfrentar o Botafogo, pelo Carioca juvenil, mas ele não estará em campo. Continua na luta para realizar seus objetivos.
- Voltei a jogar há pouco tempo por causa desse problema. Foi só um susto mesmo e já treino com o grupo. Estou aqui desde fevereiro, esperando oportunidades. O técnico achou melhor eu ainda não ir para esse jogo, pois estou há algum tempo fora. Quem sabe no próximo? - comentou Matheus.
Sua vinda para o Fluminense aconteceu depois de uma boa exibição pelo Porto Alegre, clube que pertencia a Assis, irmão e empresário de Ronaldinho Gaúcho, e teve suas atividades suspensas. Matheus acabou recebendo a oportunidade de mudar de ares. Agora, vive com a coincidência de estar na mesma cidade do irmão mais velho, que pode um dia ter pela frente como rival. Como volante, poderá ser obrigado a marcar Vítor Júnior de perto.
- Se a gente um dia se enfrentar, nossos pais vão ficar de coração partido. Marcar o Jú (apelido de Vítor Júnior) é complicado, pois tem muita velocidade e habilidade. Isso um dia pode acontecer. Brincamos muito com a situação. Um dia, fui com o Fluminense para São Paulo e encontrei com ele vestido todo de Corinthians. É meu irmão fora de campo. Dentro de campo, é cada um dando a vida - comentou Matheus.
Com apenas 1,69m, o meia do Botafogo é bem mais baixo que o irmão mais novo. Matheus já tem mais de 1,80m e idade para crescer. Os conselhos são muitos para o menino, que mora em Xerém, no centro de treinamento Vale das Laranjeiras, e passa as folgas na casa de Vítor Júnior, na Barra da Tijuca.
- Às vezes, ele precisa de uma dura. Fica se achando demais. Tem que ser passo a passo - comentou Vítor Júnior, que cuida mais de perto do caçula, já que os pais moram em Porto Alegre.
Matheus aceita os conselhos dor irmão e procura se espelhar na vida difícil que Vítor Júnior para conseguir se firmar em um grande clube. Depois de passagens até por Croácia e Japão, ele ainda passa por esse processo e o caçula acompanha, agora, mais de perto.
- Ele está sem me ajudando. É um espelho para mim por tudo o que já passou. Sempre disseram ao Vítor que ele não seria jogador por causa do tamanho e está aí, dando a volta por cima. Ele fala comigo, diz que nunca teve um contrato como meu na minha idade. Para eu aproveitar a oportunidade, que está tudo na minha mão e só depende de mim - contou Matheus.
Pela primeira vez na carreira, Matheus mora numa concentração. Os amigos que já fez no Fluminense não deixam passar as brincadeiras sobre o seu irmão mais velho. Até mesmo a escalação de Vítor Júnior no Cartola FC vira motivo de piada.
- Tenho uma vida nova, fazendo amizades. Todo mundo brinca comigo. Ficam dizendo para eu avisar ao meu irmão que ele está escalado no Cartola FC, que é para jogar direito se não vai ver - disse Matheus.
No dia 15 de julho, o jovem volante passará por um dilema. Botafogo e Fluminense vão se enfrentar pelo Campeonato Brasileiro. Matheus já tem definido o que vai fazer.
- Agora, é Fluminense no coração. Vou torcer por ele e pelo Fluminense - garantiu Matheus.