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Evento no jogo do Botafogo quebra recorde de público no esporte paraolímpico

Atletas não superam suas marcas, mas protagonizam bela interação com público

Por Thiago Fernandes Rio de Janeiro
O desafio dos recordes, nome dado pelo Botafogo ao evento realizado no intervalo da partida entre o Glorioso e o Avaí, atingiu pelo menos um de seus objetivos. Com 6933 pessoas presentes ao estádio, a prova disputada por oito atletas é agora o evento paraolímpico com mais público no Brasil, embora todos lá estivessem para ver o jogo. A torcida alvinegra abraçou os seus corredores e os incentivou antes, durante e depois da prova, quando eles deram uma volta olímpica no Engenhão.

Terezinha Guilhermena no desafio dos recordes no Engenhão (Foto: Fernando Soutelo / Agif)Terezinha Guilhermina marcou o tempo de 12s04 (Foto: Fernando Soutelo / Agif)
 
Apesar do incentivo, nenhum dos oito atletas conseguiu bater os recordes mundiais. Lucas Prado, com 11s69, ficou distante da sua própria marca – 11s03. No feminino, Terezinha Guilhermina ficou mais perto do seu tempo (12s04), mas também não bateu o seu recorde com o resultado de 12s46. Participaram também da prova Daniel Silva (11s72), Claudemir Santos (11s99), Giovane Eschenati (13s25), Geruza Geber (13s04), Ana Tersia (13s40) e Sirlene Guilhermino (13s55).

O evento foi marcado por gafes do narrador. Primeiro, foi anunciado que o evento teria batido o recorde mundial de público em prova paraolímpica (na verdade, o recorde foi nacional). Depois, em vez de pedir silêncio para os atletas se concentrarem, o narrador disse que os torcedores deveriam fazer o mínimo de barulho possível porque havia atletas cegos que, por isso, precisariam ouvir o tiro de largada. Ele só se esqueceu que a ausência de visão em nada prejudica um atleta a ouvir.

Gafes à parte, os atletas paraolímpicos deixaram o estádio visivelmente felizes. Na descida para os vestiários, os oito bateram palmas em direção à torcida e fizeram uma vênia, agradecendo o incentivo.