Treinador ressalta mudança radical do Alvinegro após a goleada sofrida na primeira fase e não quer nem ouvir falar em segundo lugar: 'Aqui não cola'
Eduardo Peixoto e Fred Huber
Rio de Janeiro
Seis títulos do Campeonato Carioca, todos os 11 turnos nos quais chegou à final. Sem falsa modéstia, Joel Santana disse, ao assumir o Botafogo, que havia chegando quem faltava na festa. Depois do título da Taça Guanabara, o treinador tem ainda mais motivos para se gabar do status de "Rei do Rio".
- A festa continua. Vamos levar o campeonato. Temos cinquenta por cento do caminho e um pedacinho do próximo bolo. Vai ser um segundo turno complicado porque todo mundo vai querer beliscar. Mas viremos fortes – disse o treinador.
Joel utilizou adjetivos como machucado e devastado para resumir o que encontrou quando assumiu a equipe, dois dias depois à goleada por 6 a 0 para o mesmo Vasco que foi derrotado na decisão do primeiro turno do Estadual. Ele voltou a citar a confiança que os jogadores depositaram nele como fator preponderante para a mudança da situação.
- O tempo foi curto, e a mudança, muito grande. Sofremos muito para ganhar do Tigres por dois a um. Os jogadores estavam machucados. Faixas, uma pessoa tocando cornetinha (com marcha fúnebre)... Eles precisavam de apoio e aceitaram a minha chegada – disse ele, muito festejado após o apito final. O treinador foi carregado no colo e jogado para o alto pelo elenco.
O Botafogo chega à quinta final consecutiva de Estadual. Nas outras quatro, venceu uma (em 2006) e ficou atrás do Flamengo nas últimas três oportunidades. Em uma delas, em 2008, o treinador rubro-negro era o próprio Joel Santana.
- Isso são águas passadas. Não vem com esse negócio de vice aqui porque não cola – disse o treinador.