Um dos destaques da equipe em 2010, lateral-esquerdo espera honrar manto que pertenceu a Nílton Santos e decretar fim à carência na posição
Eduardo Peixoto e Gustavo Rotstein
Rio de Janeiro
Marcelo Cordeiro exibe com orgulho a camisa 6 para a qual apontou ao marcar gol sobre o Fla Por ser um apaixonado por futebol e integrante de uma família repleta de botafoguenses, Marcelo Cordeiro chegou ao clube, em janeiro deste ano, com a noção exata do que representa a camisa 6 do Alvinegro. Agora, cabe ao lateral-esquerdo tentar fazer jus ao manto imortalizado por Nilton Santos e suprir a carência numa posição que em 2009 foi um problema em General Severiano.
Por isso, o gesto de apontar para o número 6 de sua camisa ao marcar o primeiro gol na vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo, na última quarta-feira, pela semifinal da Taça Guanabara, significou a vontade de mostrar o esforço para alcançar a tão sonhada estabilidade na lateral esquerda (assista ao lance no vídeo abaixo).
- Aquele meu gesto na comemoração foi porque a camisa identifica muito um jogador, e quero ser lembrado como o camisa 6 do Botafogo. Vestir uma camisa de tanta história e que pertenceu ao melhor lateral de todos os tempos é uma responsabilidade boa. Jamais vou me comparar a ele, mas isso serve como uma grande motivação - disse Marcelo Cordeiro.
Logo que chegou ao Botafogo, clube pelo qual torcem seu pai Antônio Carlos e seu irmão Vinícius, Marcelo Cordeiro se deparou com um clube em busca de alguém que pudesse, de forma urgente, suprir uma grande carência na posição. O lateral-esquerdo, entretanto, se diz estimulado pela missão e com experiência suficiente para dar conta do recado.
- Encaro tudo isso como um grande desafio. Consegui suprir uma necessidade semelhante no Vitória, pelo qual fiz um bom Campeonato Brasileiro ao lado de outros destaques, como Willians e Marquinhos. No Internacional tive menos oportunidades, mas no Botafogo venho conseguindo encontrar meu melhor futebol - afirmou.
Marcelo Cordeiro não demorou muito para mostrar em campo essa motivação. Em apenas nove partidas disputadas pelo Botafogo, o lateral marcou três gols, sendo que o último abriu caminho para a classificação à final da Taça Guanabara na vitória por 2 a 1 sobre o Flamengo.
