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Joel Santana utiliza conversa paternal para levantar a autoestima do elenco

Em dia de arco-íris em General Severiano, treinador ressalta importância de devolver confiança a jogadores que vivem momento difícil antes da 'decisão'


Gustavo Rotstein
Rio de Janeiro


O tempo é curto para treinar e montar o time ao seu jeito. Mas o técnico do Botafogo, Joel Santana, tem se desdobrado para, a cada oportunidade, conversar com os jogadores. Ele mostra que, no momento em que a equipe ainda vive uma crise de confiança, o principal é trabalhar a questão psicológica para que, já na partida contra o Madureira – que acontece nesta quinta-feira, às 19h30m (de Brasília), pela sexta rodada da Taça Guanabara – o Alvinegro volte a mostrar bom futebol. E o arco-íris que apareceu durante o treino desta quarta, em General Severiano, veio como sinal de que os bons tempos podem estar voltando.

Um arco-íris foi o espectador privilegiado do treino alvinegro em General Severiano nesta quarta-feira


Por isso, Joel mostrou não se importar com o fato de manter os titulares Alessandro, Fahel, Lucio Flavio e Eduardo, alvos de protestos da torcida nos estádios. Segundo o treinador, a melhor maneira de fazer com que voltem a ajudar o Botafogo é dando a eles o máximo possível de confiança.

- Não sou psicólogo, não invento nada. Tudo o que aprendi foi com o que vivi. Venho trabalhando a autoestima dos jogadores, pois sei que ninguém desaprende da noite para o dia, principalmente os mais experientes. O Alessandro esteve na seleção brasileira, e o Lucio Flavio sempre me preocupava quando eu jogava contra. Nunca errou muitos passes, mas agora não acerta nem pênalti. Vamos dar tempo ao tempo e, se for o caso, futuramente faremos alterações. Se eu fizer muitas mudanças agora, o grupo perde confiança - observou.

Joel Santana mostrou-se confiante na recuperação dos jogadores perseguidos, principalmente porque, ao menos por enquanto, não há substitutos capazes mudar o panorama de forma repentina.

- O Botafogo não depende apenas de quatro jogadores, mas de um grupo inteiro. Já vi ídolos pressionados e até barrados - disse o técnico, sem citar nomes.

Mesmo sem entrar em detalhes sobre o tipo de conversa que vem tendo com os jogadores, Joel ressaltou que, neste momento, o tom tem sido extremamente paternal. As cobranças estão colocadas de lado.

- Não é preciso dar chicotada para conseguir o que quero. Simplesmente observo o que a vida me deu até agora. Tudo o que tenho vem dos jogadores, porque não entro em campo. Converso com eles como faço com meus filhos. Estou aqui para ser amigo, e não inimigo.

Segundo o goleiro Jefferson, o apelo emocional de Joel Santana aliado às mudanças táticas serão uma combinação positivamente decisivas para o desempenho do Botafogo a partir de agora.

- Se os jogadores estiverem bem de cabeça, rendem melhor. Joel tem trabalhando nossa autoestima, lembrando que há muitas pessoas por trás de nós, incluindo família e os verdadeiros amigos. Vamos pensar nisso para jogarmos novamente com alegria.