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Botafogo sonha investir R$ 14 milhões para ter fábrica de jogadores

Veja imagens do projeto do clube em Marechal Hermes, que depende de uma solução judicial para sair do papel

GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro

Divulgação/Botafogo FR

Projeto mostra como ficará Marechal Hermes depois de resolvido imbróglio judicial pelo terreno


O grande sonho do presidente Maurício Assumpção é erguer um Centro de Treinamento para as divisões de base do Botafogo. O projeto, que já está no papel, consiste na construção de quatro campos na sua atual sede de Marechal Hermes e também prevê piscina de 25 metros, centro médico, caixa de areia e um hotel-alojamento para receber jovens de fora do Rio (e eventualmente delegações estrangeiras). Mas há um grande problema: a posse do terreno.

O CT seria instalado usando todo a área que o Botafogo ocupa desde 1976. No entanto, a posse da área passou a ser uma questão de judicial, e enquanto o imbróglio não terminar, as obras não podem acontecer. Além disso, há também um outro terreno, que pertence ao Exército, com o qual o clube vem negociando um contrato de aluguel. Os planos do Alvinegro incluiriam abrir Marechal Hermes para a comunidade local, com a utilização da piscina para trabalhos sociais no entorno.

Como o Botafogo não possui recursos suficientes para o projeto orçado em R$ 14 milhões, a ideia é que ele seja custeado por investidores, que teriam como contrapartida a participação em futuras negociações de 20 ou 30% dos jogadores revelados em Marechal Hermes, dependendo do aporte feito para a construção do CT. Segundo Maurício Assumpção, esse planejamento vai representar o crescimento do clube até sua transformação numa fábrica de atletas, como acontece com São Paulo, Cruzeiro e Internacional, por exemplo.

- Este projeto é de médio e longo prazo. Marechal Hermes vai criar uma nova renda para o Botafogo, que é a venda jogadores. Isso hoje não existe no clube. Se este trabalho não for feito, vamos continuar dependendo de empresários, cotas de TV e patrocínios na camisa. É o grande plano da minha gestão. Hoje já temos 11 jogadores das categorias de base no elenco profissional. Queremos ter mais - disse o presidente.


Umas das perspectivas do projeto mostra piscina que será construída e também utilizada em projetos sociais


Maurício faz questão de exaltar a performance recente da base, que no ano passado conquistou o título do Campeonato Carioca na categoria infantil e foi vice nos juvenis. Mas, apesar dos títulos, o ano teve algumas turbulências. Quase toda a cúpula da base alvinegra mudou e vários profissionais deixaram o clube. Saíram o gerente Humberto Rêdes e o diretor de futebol amador Marcelo Calumby, além do coordenador técnico Carlos Faria, o coordenador administrativo Coronel Ronaldo e o técnico dos juniores, Luizinho Rangel. A gestão da categoria está, hoje, nas mãos do gerente Sidnei Loureiro e do coordenador Bernardo Arantes.

Dos 11 citados por Maurício Assumpção, nem todos foram efetivamente formados no Botafogo desde cedo. Caio, por exemplo, que marcou o gol da vitória por 2 a 1 sobre o América, no último sábado, veio do Volta Redonda em 2009 (numa negociação que envolveu o empresário Reinaldo Pitta). Outras revelações vieram do CFZ, como o atacante Alex, que nesta quarta fez um gol na vitória do time de juniores por 2 a 1 sobre o Madureira (o Botafogo é líder do primeiro turno da Taça Guanabara). Entre os formados na base que estavam no Botafogo há mais tempo estão o goleiro Renan e os meias Rodrigo Dantas e Wellington Junior.