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Zárate irrita diretor, recebe ultimato e poderá mesmo sair



Argentino, que já está no Rio, vai conversar com André Silva nesta segunda

Zárate é pivô de mal-estar no clube


(Crédito: Ricardo Cassiano)

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A situação do argentino Zárate não é nada boa no Botafogo. A declaração dada a uma rádio argentina de que somente jogaria novamente pelo clube caso os salários atrasados fossem quitados criou um mal-estar. Em conversa com o gerente de futebol, Anderson Barros, o vice-presidente de finanças, Cláudio Good, praticamente sacramentou a saída do atacante.


- Com essa postura, não temos mais interesse nele. É preciso respeito e compreensão com o momento do clube. Se Zárate não pode ter isso, é melhor que não fique - declarou o dirigente, que parece não estar mais disposto nem a ouvir um possível pedido de desculpas do jogador.


Mais ponderado, André Silva, vice-presidente de futebol, até entoou o discurso de Cláudio Good, mas ainda espera ter uma conversa franca com Zárate primeiro.


- Antes de tomar qualquer decisão, quero ouvir do jogador o que ele tem a falar, o que deve acontecer nesta segunda-feira de manhã. Pelo que sei, ele já está no Rio, em General Severiano (para dormir) e sem advogado - afirmou André, que já estuda o que fará e garante que não exigirá que ninguém fique:


- Tenho de trabalhar com alternativas. Se ele falar que não quer permanecer, podemos negociar vendo o que é bom para todos: Botafogo, jogador e a empresa que investiu. Nossa postura é de que, se jogador não quiser ficar, não forçaremos.


Procurado pela equipe de reportagem do LANCENET! para que tornasse a se explicar, o argentino não atendeu as ligações em seu telefone celular.


Essa não é a primeira vez que o atacante mostra-se insatisfeito com dificuldade de o clube cumprir seus compromissos. Em outubro do ano passado, na véspera de seguir com a delegação para Ipatinga, Zárate recuou e alegou dores musculares para não ir.


Contratado a peso de ouro, o argentino tornou-se a principal esperança de gols alvinegra, segundo as palavras de Ricardo Rotenberg, então colaborador do departamento de futebol e responsável pelas contratações.


Posteriormente, o próprio dirigente criticou a má forma de Zárate, que nitidamente decepcionou a todos.