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Alegria em dobro para Victor 'Pit-Bull' Simões



Atacante festeja vitória com sua família, botafoguense. Agora, ele está em casa

No Botafogo, Victor Simões está em casa
(Crédito: Cleber Mendes)

Danilo Santos RIO DE JANEIRO Entre em contato

Rômulo Paganini RIO DE JANEIRO Entre em contato


Ao entrar na casa e ver uma camisa do Botafogo na cadeira, além de outros objetos referentes ao clube, não fica dúvida: ali reside um botafoguense. No caso, uma. Trata-se de Marta, mãe de Victor Simões. Mas não é apenas ela, quase toda a família do atacante é alvinegra.


No dia seguinte à vitória sobre o Macaé, no qual marcou seu primeiro gol pelo Botafogo, Victor Simões recebeu a equipe de reportagem do LANCE! na casa da mãe. E contou que pai, tios e até a família da esposa são botafoguenses.


– Foi bom voltar ao Brasil, melhor ainda sendo para o Botafogo, já que a família quase toda torce para o clube. Se não jogasse pelo Flamengo desde cedo, eu seria botafoguense também, pois tenho um carinho grande. Estou em casa aqui – revelou Victor Simões.


Criado na Rocinha, o atacante foi treinar no Flamengo com oito anos, por morar perto. A família, alvinegra, entendeu. Lá, ele ficou até os 21 anos, dando um desgosto para os parentes: foi campeão carioca de juniores contra o Botafogo, em 1999. Oito anos depois, ele era um dos responsáveis por classificar o Figueirense para a final da Copa do Brasil, calando os alvinegros no Maracanã.


– Estava na torcida do Figueirense, foi algo bem difícil. Mas torcia para o Victor, ele está sempre em primeiro lugar – diz a mãe coruja.


O episódio também marcou Victor, até porque foi quando ele se destacou no futebol brasileiro, sendo um dos goleadores da Copa do Brasil.


– Minha mãe falava que torcia é por mim, mas é claro que ficou uma pontinha de tristeza. Apesar de o Figueirense ser da mesma cor do Botafogo, tinha de fazer o gol né? (risos). Mas agora é hora de compensar e de dar alegria em dobro – promete.


No primeiro jogo no Engenhão, ele deu mostras de que pode conseguir. Daqui para a frente, gols e camisas são para homenagear parentes.


– Tinha de fazer logo meu primeiro gol e dedicar ao meu tio Francisco, que morreu. Agora, os gols vão saindo para a família toda, aos poucos. Assim como as camisas. A primeira foi para a mãe, depois tem dois tios fanáticos e outros familiares. Daqui a pouco fico no prejuízo – brincou.


BATE-BOLA


-1 A família alvinegra já esteve presente no primeiro jogo?


Não, mas desceu a Rocinha toda (risos). Ainda bem que não botaram faixa, senão eu ia ficar cheio de vergonha. E ainda tem o Jackson, atacante do Macaé, que é meu amigo também de lá. Tive de fazer meu compadre sair triste.


-2 Seu primeiro gol pelo clube nasceu em uma jogada muito treinada...


É verdade. Quando o Léo Silva pega a bola, já arranco em diagonal, pois ninguém espera que ele lance, acreditam que dará o passe para o Maicosuel. Aí, surpreende os zagueiros.


-3 Já dá para sonhar coma artilharia do Campeonato Carioca?


Ser artilheiro todo mundo quer, até porque abre as portas no mundo todo. Mas prefiro ser campeão.


-4 Qual foi sua melhor temporada como profissional?


Foi pelo GBA, mas em relação a gols foi pelo Figueirense, em 2007. Foram 22 em apenas seis meses. Se o time do Botafogo mantiver esse ritmo, creio que poderei superar essa marca.


-5 Você tem algum ídolo?


Gosto muito do Ronaldo Fenômeno. Conheci ele por meio do Adriano, que também é outro comquemjogo junto desde moleque e que admiro bastante.