Montenegro: 'Problema não é psicológico, mas de qualidade'
Dirigente afirma que últimos times do Alvinegro ainda estão longe de terem espírito de campeão
Gustavo Rotstein Rio de Janeiro
arte/GLOBOESPORTE.COM
Ao comentar eliminação do Botafogo, Montenegro disse o clássico 'eu já sabia'
Em viagem de trabalho fora do Brasil, Carlos Augusto Montenegro não pôde assistir ao empate do Botafogo em 2 a 2 com o Estudiantes, na última quarta-feira. Mas ao saber do resultado e do que aconteceu em campo, não se mostrou surpreso. Após a primeira partida, o dirigente disse que o ano havia acabado, algo que se concretizou após a eliminação da Copa Sul-Americana.
A decepção de Montenegro não foi tanto com o resultado obtido na Copa Sul-Americana, mas ao fazer uma avaliação geral do desempenho da equipe em 2008.
- Eu já sabia, pelo ambiente e pela falta de motivação dos jogadores, que o ano havia acabado. O Botafogo tem montado bons times, que em determinado momento jogam bem, mas que ainda estão longe de serem ganhadores ou campeões. Talvez a gente não esteja sabendo fazer o arremate final. Falta alguma coisa - afirma ele por telefone ao GLOBOESPORTE.COM.
Montenegro destacou alguns aspectos de evolução em relação a 2007, como a consolidação de Castillo e Renan no gol. No entanto, afirma que a qualidade da equipe deste ano também deixou a desejar.
- Não é corpo mole ou deixar de correr. Mas, sei lá, falta um pouco de talento, garra, um algo mais para ser campeão. Não é um problema psicológico, mas de qualidade - avalia.
O dirigente garante que, em 2009, estará totalmente fora do futebol do Botafogo. A idéia é que ele participe de projetos especiais, tentando criar novas formas de renda do patrimônio do clube. Mesmo assim, Montenegro deixa claro que não haverá muito dinheiro para investir no elenco.
- O problema é não ter dinheiro para contratar melhor. Teremos um ano muito difícil pela frente.