Bebeto de Freitas pode ser preso por atraso de salários
Procurador do MP alerta presidente alvinegro sobre descumprimento da decisão judicial Bebeto terá de correr contra o tempo para arranjar dinheiro
(Crédito: Ricardo Cassiano)
André Casado
RIO DE JANEIRO
Carlos Monteiro
RIO DE JANEIRO
A crise financeira que assola o Botafogo parece não ter data e nem mesmo limite para suas conseqüências. Cássio Casagrande, procurador responsável pela ação que resultou na decisão de multar o Botafogo em R$ 2 mil reais diários a partir de sexta-feira
- caso os salários dos funcionários não sejam colocados em dia - garante que o não cumprimento da medida pode custar caro ao presidente Bebeto de Freitas.
Isso porque se o clube demorar muito para solucionar a questão, o Ministério Público do Trabalho pode agir de forma drástica.
- O Botafogo não pode deixar de cumprir uma decisão judicial. Caso o clube não pague os salários até sexta-feira e o impasse se prorrogue por muito tempo, podemos entrar com uma ação penal contra o presidente do clube, que pode até ser preso - afirmou o procurador do MP ao LANCENET!.
Entretanto, Cássio adverte que o Botafogo pode até propor um acordo no Ministério Público do Trabalho para que a situação não precise chegar a esse ponto. O procurador revela, inclusive, que tudo isso poderia ter sido evitado.
- Em uma reunião com os advogados do clube, em agosto, propusemos um prazo até dezembro para que eles regularizassem a questão. Mas eles não aceitaram o acordo - contou Cássio Casagrande
Advogado do Botafogo, Aníbal Rouxinol acredita ser prematuro falar sobre possíveis conseqüências drásticas a respeito do assunto, uma vez que o clube, segundo ele, nem sequer foi notificado ainda.
Joana Prado, diretora jurídica do Alvinegro, e pessoa apontada pelo próprio Aníbal para se pronunciar sobre o caso, não atendeu as ligações feitas para seu celular.