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Presidente tem nova reunião com lideranças sobre salários em atraso

Maurício Assumpção reconhece situação incômoda e diz que o assunto concentração será sempre decidido entre os atletas e a comissão técnica

 

Por Fred Huber Rio de Janeiro

Maurício Assumpção coletiva Botafogo (Foto: Fred Huber) 
Maurício Assumpção teve uma conversa com
lideranças do elenco alvinegro (Foto: Fred Huber)
 
Depois de um período de licença do cargo, o presidente Maurício Assumpção voltou efetivamente ao trabalho na segunda-feira, e nesta terça teve um encontro com lideranças do elenco para tratar de um dos assuntos mais delicados do Botafogo neste momento, o atraso de salários (dois meses de direitos de imagem, um de CLT e premiações). O mandatário alvinegro disse que não houve um ultimato dos atletas, mas reconheceu que a situação está muito incômoda.

Assumpção avisou aos jogadores que o clube tentará o mais rápido possível colocar as contas em dia.
- Conversei com quatro líderes hoje (terça), mas não tem ultimato, nunca teve. A cobrança deles é feita de outra maneira. Não é uma situação que gostaríamos de viver, já que estamos em um ótimo momento técnico, o melhor desta gestão. Isso nos incomoda muito. Os jogadores sabem da dificuldade, e o Botafogo sabe que tem que honrar os compromissos o mais rápido possível.

Sobre a recusa dos atletas de concentrar antes de algumas partidas, Maurício Assumpção disse que tudo será resolvido entre o elenco e a comissão técnica, mesmo quando os salários não estiverem em atraso.

Os jogadores sabem da dificuldade, e o Botafogo sabe que tem que honrar os compromissos o mais rápido possível"
Maurício Assumpção
 
- Conseguimos atingir este nível de profissionalismo e estamos chateados de acontecer junto com um problema financeiro. Se vai parar ou não vai parar a concentração, isso vai ser decidido no futebol, com a comissão. Eles que vão avaliar. Os exemplos já foram dados durante esta turbulência.
O presidente do Bota disse que fez um grande esforço para reforçar o grupo a ponto de disputar títulos, e agora tem que pagar a conta.

- Isso passa pela formação do elenco, era um desejo da diretoria fazer um time tecnicamente e moralmente do nível deste. Foi um grande esforço trazer o Seedorf. Depois contratamos o Bolívar, Julio Cesar... Não é barato, mas dá resultado. Fomos campeões cariocas e iniciamos bem o Brasileiro, mas é óbvio que temos que arcar com as despesas.

Um dos principais obstáculos atualmente para o Alvinegro equilibrar as finanças é a inesperada interdição do Engenhão. Assumpção afirmou que a diretoria está buscando alternativas para contornar o problemas e minimizar a insatisfação dos jogadores.

- A interdição foi extremamente complicada. O Botafogo tinha uma receita de 25 a R$ 30 milhões e, de uma hora para outra, não podemos ter. É preciso um planejamento novo, e estamos fazendo isso. Não é fácil, está sendo muito complicado, mas não temos dúvida que vamos conseguir fechar. E tem que ser o mais rápido possível, senão atrasa mais e cria mais insatisfação.

O Botafogo volta a campo nesta quarta-feira, às 22h (de Brasília), em Aracaju, para enfrentar o Bahia. O Alvinegro é terceiro colocado do Brasileiro com sete pontos em três jogos.