Técnico lembra ter assistido a primeira decisão, entre Vasco e Botafogo. Lucas diz que superar decepção de 2011 com título teria gosto especial
Apesar de ser carioca da gema e já ter trabalhado nos outros três clubes grandes do Rio, o início de 2012 tem sabor de novidade para Oswaldo de Oliveira. Ele jamais havia disputado um Campeonato Carioca e vive a cada jogo uma experiência nostálgica, por causa de sua infância. Aos 61 anos, mostra que se recorda bem da estreia da Taça Guanabara, que pode conquistar em dez dias se confirmar a vaga para as semifinais e passar adiante, já no próximo meio de semana.
- Minha relação com o estadual é muito legal. Sempre acompanhei e me lembro da primeira vez em que a Taça Guanabara foi jogada. Foi em 1964 ou 1965 (data correta), e o Vasco ganhou do Botafogo na decisão. Foi uma competição que vi nascer. Estou muito motivado para avançar e - quem sabe? - conquistá-la também - disse Oswaldo, invicto na trajetória de seis jogos até aqui.
Oswaldo se refresca após entrevista coletiva, nesta quinta (Foto: André Casado / GLOBOESPORTE.COM)
Caso alcance o feito, o Alvinegro festejará apenas pela sétima oportunidade, em 47 ocasiões, o primeiro turno. O último, no entanto, terminou com o título estadual no fim. O adversário foi o Vasco - batido por 2 a 0, em 2010 -, um potencial rival na final deste ano. Basta o Glorioso se classificar em primeiro do Grupo A e ambos vencerem suas partidas nas semifinais. Para isso, é preciso derrotar o Macaé, neste sábado, no Moacyrzão, e torcer para que o Resende tropece no Fla.
O oposto do comandante é fácil de se encontrar no elenco. Além de jovens recém-promovidos da base, os laterais Lucas e Márcio Azevedo, o volante Renato e o meia Elkeson têm pouca ou nenhuma experiência na fórmula de disputa e vão se familiarizando com as tradições.
- Já ouvi falar da história, joguei pouco ano passado, tinha acabado de chegar. A gente sabe que, conquistando esse primeiro turno, damos um passo muito importante para conquistar o Carioca. Então, a nossa intenção é garantir logo para termos mais tranquilidade e uma responsabilidade e pressão até menor no segundo turno e, depois, no restante da temporada - afirmou Lucas, ciente de que sair na frente dos rivais após o mau término de 2011 seria fundamental.
- Teria um gosto especial, mas não é o objetivo final. Queremos, se possível, os dois turnos. Se vier dessa forma, melhor ainda - finalizou.