por Renato Maurício Prado
O primeiro tempo foi morno, mas mesmo assim o Botafogo já poderia ter vencido com boa folga. Fez apenas 1 a 0, gol de Maicosuel, mas criou várias oportunidades, chegando a acertar a trave, num chute de
Felie Menezes. Foi depois do intervalo, porém, que a nova goleada se concretizou. Com um minuto de bola rolando, na volta para a segunda etapa, Márcio Azevedo foi derrubado por Gomes e o juiz marcou pênalti, que Loco Abreu converteu, com uma cobrança no meio do gol.
O Bonsucesso ainda chegou a diminuir, com Adriano Magrão concluindo um contra-ataque rápido pela esquerda, mas àquela altura o Glorioso já era dono absoluto do jogo. E apesar disso, a torcida não parecia satisfeita. Vaiou o técnico Oswaldo de Oliveira quando ele trocou Maicosuel pelo jovem Cidinho e passou a pedir em coro a entrada do argentino Herrera (que, uma vez mais, fora preterido no time titular por Felipe Menezes).
Antes mesmo que esta substituição tão desejada fosse realizada, os alvinegros perderam duas outras grandes oportunidades: a primeira com Loco Abreu chutando em cima do goleiro, após receber bom passe de Felipe Menezes e a outra com Cidinho, com o gol escancarado, concluindo por cima, após toque sutil de Elkeson.
Enfim, entrou Herrera (no lugar de Menezes) e fez a alegria da galera. incendiando o ataque e marcando duas vezes: aos 27 e 46.
A goleada de 4 a 1 deixa o Botafogo em situação cômoda no seu grupo (mesmo que o Flamengo vença, não terá como descontar a enorme diferença no saldo de gols) e cria um problema dos bons para Oswaldo de Oliveira: como barrar o atacante argentino, na próxima rodada?
Herrera foi o personagem do jogo, mas praticamente todo o time atuou bem - com destaque para Elkeson, Márcio Azevedo e Renato.
Único dos grandes do Rio fora da Libertadores, o Botafogo começa a se acertar e ganha ares de favorito para o Estadual. Até porque Flamengo, Fluminense e Vasco , a partir de agora, serão obrigados a dividir o foco e a prioridade, naturalmente, será a principal competição do continente.
