Goleiro foi convocado pela primeira vez para a Seleção e, de quebra, levou o prêmio de melhor na posição durante o Campeonato Brasileiro
Apesar de ser o único clube grande do Rio fora da Libertadores, o ano de 2011 não foi só de decepções no Botafogo. A começar pelo camisa 1 do Glorioso, Jefferson foi convocado pela primeira vez para defender o Brasil e brilhou no Brasileirão (confira no vídeo ao lado).
- Foi um ano marcado na minha carreira. Estreei na Seleção Brasileira e, principalmente aqui no Botafogo, fui coorado como o melhor goleiro do Campeonato. Foi muito bom para mim - lembrou o arqueiro alvinegro.
O problema é que a segurança e a eficiência transmitidas por Jefferson nem sempre se refletiram no restante do time. No Estadual deste ano, por exemplo, a equipe não conseguiu se classificar para as finais do turno. Resultado: chamado de retranqueiro, o técnico Joel Santana foi demitido.
Coube a Caio Junior a missão de mandar a equipe para frente. Porém, na primeira chance de chegar à Libertadores, a Copa do Brasil, o Botafogo foi derrotado nas oitavas de final pelo Avaí.
- Foi como um banho de água fria. Ser eliminado assim é triste - afirmou Jefferson.

Na ocasião, o Botafogo vencia até os 42 minutos do segundo tempo. Mas um pênalti marcado contra a equipe mudou o resultado do jogo. O empate derrubou o Glorioso e deu ao Avaí o direito de avançar na competição.
Já na Sul-Americana, o time caiu nas oitavas de final ao ser derrotado por 4 a 1 pelo Santa Fé, na Colômbia, e depois não conseguir inverter o resultado em casa.
- A gente estava priorizando muito um campeonato, que era o Brasileiro. Eu lembro que o Caio Júnior disse que gostaria de ter entrado com o time titular contra o Santa Fé e não pôde. Isso é para a gente aprender que precisa ter um elenco mais completo para brigar em todas as competições - recordou o goleiro.
Foi um ano marcado na minha carreira. Estreei na Seleção Brasileira e, principalmente aqui no Botafogo, fui coorado como o melhor goleiro"
Jefferson
No Brasileirão, o Botafogo foi punido pela oscilação, parecia contar com dois times diferentes. A primeira equipe se destacava pelas grandes atuações.
- Nós ganhamos do Vasco no Engenhão por 4 a 0. Poucas pessoas acreditavam no Botafogo e principalmente num placar elástico - destacou Jefferson.
O "outro grupo" chamava a atenção por partidas desastrosas.
- Um resultado frustante que tivemos foi contra o Internacional dentro de casa. Acho que ali realmente perdemos a vaga na Libertadores - ponderou o camisa 1, em alusão as 19 rodadas seguidas em que o time ficou no G-5.
Aí veio a vitória sobre o Corinthians no Pacaembu, e os alvinegros voltaram a sonhar com o título do Brasileirão. Além disso, Cortês e Elkeson foram acompanhar o Jefferson na Seleção Brasileira.
No entanto, a seis rodadas do fim da competição, a lua de mel da torcida com o time começou a acabar. O Engenhão, que era o grande trunfo do Botafogo, deixou de amedontrar. Os 11 triunfos ficaram no passado e a invencibilidade da equipe caiu por terra. Como consequência, o técnico Caio Júnior foi demitido e o time perdeu cinco dos últimos seis jogos.
No fim das contas, Jefferson vê 2011 com outros olhos.
- Não foi um ano muito ruim para o Botafogo até porque nos anos anteriores a gente brigava para não cair. Nos dois últimos anos, a gente está brigando ali em cima - ponderou.