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Times ganham‘forcinha’ indecente

por ilan |
 
A duas rodadas do fim do campeonato, o STJD adia três julgamentos de réus já condenados.

São os casos de Abel Braga (Fluminense), Renato Abreu (Flamengo) e Emerson Sheik (Corinthians). Depois das sentenças inciais, os clubes entraram com recursos e continuaram usando os mesmos por várias rodadas.

Já estava de bom tamanho? Qual nada. É provável que só cumpram as penas no ano que vem. Isso se não derem um jeito de fazê-lo durante as férias e o Natal, claro… 

Seriam mantidas as condenações no segundo julgamento? Não sei. Poderiam ser aumentadas, diminuídas, até tornarem-se absolvições.

Mas obviamente os pedidos de adiamento – nos três casos – não se baseiam em motivos justos e consistentes. Trata-se apenas de um artifício torpe para não perder figuras importantes na hora da decisão. Alegar que a lei permite e há brechas jurídicas é ignorar sumariamente um mínimo de fair play e ética esportiva, outra vez jogados na lama.

E não, o caso do Vasco, que perdeu um mando de campo e acaba de conseguir efeito suspensivo, não é igual, pelo menos por enquanto. O clube usa o mesmo artifício que permitiu que os três nomes citados não tenham, até agora, cumprido as sentenças. Mas o Vasco (ainda) não teve julgamento adiado.

Ao acatar a mudança de data, o STJD além de ser condescendente com a manobra, prejudica a todos os outros envolvidos na disputa. Na prática, o Tribunal obstrui a justiça, em vez de fazê-la.

Torcedores que não conseguem enxergar dois palmos acima de clubismos e celebram a “esperteza”, já podem se envergonhar no espelho e provavelmente se orgulhar dos políticos que têm.

Futebol deveria ser jogo limpo e jogado só dentro de campo. 

Pode parecer clichê, mas no Brasil tem outro nome:

Utopia.