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Sem Libertadores, Bota terá prejuízo em negociação de contratos

Patrocínio master da camisa se encerra no final do ano e valores aumentariam com a vaga internacional

Renan Rodrigues, iG Rio de Janeiro 



Foto: Renan Rodrigues 
Placa de publicidade do Botafogo não tem mais a logomarca da Fila

Os impactos de uma possível não classificação à Copa Libertadores em 2012 já começam a ser estudados pelos departamentos financeiro e de futebol do Botafogo. A vaga, que algumas rodadas atrás era muito provável, se transformou em uma missão quase impossível depois de quatro derrotas seguidas no Campeonato Brasileiro, três delas no estádio Engenhão.

Botafogo é o 8º colocado no Campeonato Brasileiro. Veja a tabela atualizada


O clube havia iniciado as primeiras conversas para renovação do contrato de patrocínio master da camisa com a empresa João Fortes. O atual vínculo com a empresa de construção civil vence no final do ano, e a classificação para a competição internacional aumentaria consideravelmente o valor recebido pelo clube, que atualmente é de cerca de R$ 9 milhões.

Além disso, o Botafogo segue em litígio com a Fila, fornecedora de material esportivo que tem contrato com o clube até o final de 2013. Insatisfeito com diversas cláusulas do acordo que não estariam sendo cumpridas, o time carioca usa uma tarja sobre o logo da empresa no uniforme desde o final de setembro e tenta encontrar uma saída judicial para encerrar o vínculo.

O iG apurou que a não participação na Libertadores diminuiria de 40% a 50% o valor de mercado da marca do Botafogo em uma negociação com uma nova empresa de material esportivo. Três empresas iniciaram conversas com a diretoria da equipe carioca. A Nike, que já teria fechado acordo com o Santos para a próxima temporada e deseja investir mais no mercado nacional, aparece como principal nome.

Ficar de fora da Libertadores também terá um reflexo no banco de reservas do Botafogo em 2012. O sonho da diretoria, desde a saída do técnico Joel Santana, é repatriar Paulo Autuori, campeão brasileiro com a equipe carioca em 1995.

Porém, o treinador recebe um salário alto, na casa dos R$ 700 mil, e tem contrato com a federação do Catar até maio. Para conseguir a liberação antes do prazo, a diretoria do Botafogo teria que pagar a multa e oferecer vencimentos de nível internacional ao técnico, o que seria impraticável sem o dinheiro da cota de TV, dos bônus de patrocínio e da bilheteria da Libertadores.