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Jefferson: ‘Sabemos que estamos devendo ao presidente e à torcida'

Goleiro diz que cobrança é normal e merecida pela fase do time alvinegro

Por Thiago Fernandes Globoesporte.com
 
Jefferson treina no campo anexo do Engenhão (Foto: Thales Soares / GLOBOESPORTE.COM) 
Para Jefferson, só vitória amenizará tristeza da torcida
(Foto: Thales Soares / GLOBOESPORTE.COM)
 
Assim que acabou a partida contra o Atlético-MG, o Botafogo decidiu que quem daria entrevista após a derrota por 4 a 0 não seria o técnico interino Flavio Tenius, mas o vice de futebol André Silva. O intuito foi claro: cobrar dos jogadores publicamente pelo péssimo desempenho recente. Nos últimos oito jogos, a equipe perdeu sete e viu o sonho da Libertadores se transformar de algo palpável em praticamente impossível (o time precisa vencer o Flu e torcer contra quatro rivais na última rodada). Se tivesse vencido apenas mais um desses sete jogos, o Glorioso entraria para a última partida no G-5 e dependendo apenas de si para carimbar seu passaporte.

Pela circunstância, o goleiro Jefferson admite que a equipe não pode ficar chateada com as críticas do dirigente. Para o jogador, o time tem que se concentrar em terminar bem o ano, vencendo o último jogo e, com sorte, garantindo a vaga na Libertadores que até pouco tempo era dada como certa.

- A gente sabe da cobrança que vem tendo no Botafogo, de dirigentes e torcedores. Sabemos que estamos devendo ao presidente e à torcida. A chance que a gente teve este ano não só de Libertadores como de título foi deixada para trás. Infelizmente, a chance de título foi embora. Tem uma pequena chance de vencer o Fluminense e pegar a vaga na Libertadores. Temos que acabar o ano bem.

Assim como a maioria do elenco, Jefferson diz que não consegue encontrar uma explicação para a queda de rendimento da equipe nos últimos jogos. Para o goleiro, está faltando ânimo, principalmente depois que o time sofre um gol.

- Temos alguns jogadores experientes, mas a gente não sabe o que aconteceu. Eles tentaram motivar a gente contra o Atlético-MG e entramos bem em campo. Mas aí a gente toma um gol e parece que as coisas saem dos trilhos. Essa injeção de ânimo não vem da gente mesmo. Não temos que lamentar, mas correr atrás da vaga, mesmo que a chance seja pequena.

Questionado se a saída de Caio Júnior faltando apenas três rodadas para o fim não teria prejudicado o time, o goleiro disse que o treinador era importante para a equipe, mas que quem tem que resolver em campo são os jogadores.

- Não posso dizer que foi precipitada a saída dele porque envolve outras coisas. A presença do Caio Júnior era muito importante para nós. A questão não era o Caio Júnior. Ele saiu e as coisas não fluíram. A gente que faz os resultados.

O Botafogo faz seu último jogo no Brasileiro neste domingo, contra o Fluminense. O jogo será disputado em Volta Redonda, a partir das 17h (horário de Brasília). A equipe alvinegra precisa vencer e torcer contra Coritiba, Inter, São Paulo e Figueirense para pegar a última vaga na Libertadores.