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Para Sérgio Xavier, classicos na última rodada turbinaram campeonato

Diretor da revista Placar diz que sistema de enfrentamento regional é um golaço; Garambone lamenta clássicos com apenas uma torcida

Por SporTV.com Rio de Janeiro

 


Para evitar suspeitas de "entregada", a última rodada do Campeonato Brasileiro deste ano será dominada pelos clássicos regionais. Medida celebrada pelos convidados do "Redação SporTV" desta segunda-feira: o editor do "Esporte Espetacular", da TV Globo, Sidney Garambone, e o diretor da revista "Placar", Sérgio Xavier Filho, que enxerga uma transformação além do fim das entregadas.   

- Os clássicos não só evitaram as entregadas, como turbinaram o campeonato. Esse sistema de enfrentamento regional, de provincianismo até, é uma coisa brasileira, só se aplica aqui. Não adianta botar esse sistema na Alemanha, por exemplo. Isso transformou o campeonato. Era para fazer um golzinho, e acabou fazendo um golaço.

Garambone elogia os dois sistemas de disputa - mata-mata e pontos corridos. Mas vê um lado que torna o segundo especial no Brasil:


- O futebol brasileiro é o melhor do mundo para pontos corridos. São 12 a 13 forças por ano podendo ser campeãs. Não à toa, os quatro últimos campeonatos foram assim. Não podemos mais falar do lugar comum: "O São Paulo sabe jogar nos pontos corridos". Todo mundo sabe jogar nos pontos corridos.

Mas também há o lado negativo. O editor do "Esporte Espetacular" lamentou o fato de alguns clássicos serem disputados com a presença apenas da torcida do clube mandante - ou grande parte dela, como Corinthians x Palmeiras. Sérgio Xavier reclamou da impossibilidade de haver dois clássicos ao mesmo tempo na cidade - São Paulo e Santos, também no próximo domingo, foi marcado para Mogi Mirim. 

- Essa incapacidade da organização de uma cidade não permitir que mais de uma coisa aconteça ao mesmo tempo é uma incompetência. O São Paulo vai ser extremamente prejudicado por não poder jogar no Morumbi, como está escrito no regulamento. O mando de campo é do São Paulo! Isso pune o futebol - disse Sérgio Xavier.