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Dirigente solta o verbo: ‘Quem não tiver comprometimento vai sair’

André Silva condena postura de jogadores e pede respeito para a última rodada. Caio pode ser negociado após problemas internos

Por Fábio Leme Rio de Janeiro
 
andré silva dirigente botafogo (Foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com) 
André Silva soltou o verbo contra os jogadores
(Foto: Thiago Fernandes / Globoesporte.com)
 
A goleada por 4 a 0 sofrida pelo Botafogo para o Atlético-MG, que, praticamente, acabou com as chances de o time de General Severiano ir para a Libertadores, não irritou apenas os torcedores do clube, mas também ao vice de futebol André Silva. Na coletiva após o jogo, o dirigente, único a falar, detonou os jogadores e garantiu que a falta de comprometimento nesta reta final de Brasileirão será analisada na hora de pensar no elenco para o ano que vem.

- Faltou comprometimento dos jogadores. Nós (diretoria) demos toda a estrutura e apoio possível. Não faltou nada a ninguém. Em algum momento nos perdemos e, por isso, vamos rever algumas coisas e cobrá-los. Quem não tiver comprometimento com o clube vai ter que sair – declarou o dirigente.

Sem saber onde e quando a equipe se perdeu, André Silva, mesmo amargurado, disse não acreditar que possíveis excessos fora do clube e corpo mole de alguns atletas tenham acontecido.

- Não chegaria a tanto. Acho que foi falta de comprometimento mesmo, acharam que já estávamos encaminhados na luta do título e na Libertadores e relaxamos. Também houve muitas mudanças táticas que para mim atrapalharam. Espero que domingo eles (jogadores) honrem a camisa do Botafogo – opinou.

A situação do atacante Caio, que teve um comportamento inadequado internamente e sequer viajou com a delegação, será avaliada pela diretoria. O xodó alvinegro será multado e há chances de ser emprestado ou negociado dependendo do treinador que venha assumir.

- Esta questão foi mais com o Anderson (Barros) e com as pessoas da comissão técnica que perceberam um comportamento que não estava condizente com os demais. Ele vai ser multado e há a possibilidade de uma negociação dependendo do treinador que chegar – completou André Silva.

O gerente de futebol Anderson Barros contou com mais detalhes o motivo da não ida de Caio para Sete Lagoas.

- No treino de sexta-feira, o Caio alegou um incômodo muscular e alertou o departamento médico. O jogador comunicou que sábado daria uma posição real de como estava se sentindo, mas nós decidimos, ainda na sexta, que ele não viajaria - explicou Anderson.

Por não se tratar de uma lesão, o Botafogo não tinha como mensurar o grau do incômodo do atacante, mas, segundo Anderson Barros, o clube considerou que em uma reta final de competição, com o time ainda sonhando com uma vaga na Libertadores da América, a postura do xodó deveria ter sido outra.

- Não temos como avaliar o quanto Caio estava sentindo, mas era o momento do algo a mais e nós não sentimos isso nele - finalizou o gerente de futebol Alvinegro.