Eleição no Bota: caminho para solução interna x briga na polícia
Oposição entra com interpelação contra presidente Maurício Assumpção
As eleições do Botafogo caminham em dois sentidos nesta semana. Enquanto internamente o presidente da Junta Eleitoral, Luiz Eduardo Miranda, parece ter encontrado uma solução que satisfaça ambas as partes; na polícia, a briga esquenta. Nesta segunda-feira, a chapa de oposição promete entregar, assim como já fez a situação, um documento comprovando que sua lista de conselheiros está sem irregularidades, resolvendo assim os pedidos recíprocos de impugnação das chapas. Com esse gesto dos dois lados, se garantiria a eleição de 25 de novembro.
Porém, a chapa de oposição promete, também nesta segunda, esquentar a briga na polícia. Após a denúncia da situação de que duas assinaturas teriam sido falsificadas, será a vez da oposição entrar com ação.
- Vamos entrar com uma interpelação judicial junto ao Mauricio (Assumpção, presidente do clube) para ele apontar os autores da falsificação. Ele fez uma denúncia sem apontar quem fez as fraudes. Assim, colocou toda a chapa sob suspeita. Queremos que ele indique quem falsificou - afirma Carlos Eduardo Pereira, que encabeça a chapa de oposição.
Maurício Assumpção recebeu a notícia com tranquilidade. Para o mandatário alvinegro, não há lógica na ação da oposição.
- Eles têm o direito de fazer isso. Se é isso que acham que devem fazer, que façam. Como presidente do clube, já fiz o que deveria ser feito. Eu não posso apontar quem fez as fraudes justamente porque eu fui na delegacia para que a polícia possa identificar isso. Não sou eu que tenho competência para avaliar isso.
Carlos Eduardo diz não entender os motivos que fizeram Maurício ir na polícia e acusa o atual presidente de tentar fugir do debate.
- Não entendo porque tem tanto medo de concorrer na eleição. Na última vez, ele foi eleito em chapa única, mas foi uma conjuntura especial. Ele é favorito. Não entendo porque ele não quer o debate. Parece que gostou dessa história de chapa única.
Assumpção rebateu:
- Em algum momento eu disse que não quero o debate? Mas, como presidente do clube, eu tenho que pedir lisura nas eleições. Não posso fingir que não vejo irregularidades. Uma coisa é ser presidente, outra candidato. Não tenho nada contra o debate, contra o diálogo. Acho, inclusive, salutar. Mas não posso, no exercício do meu cargo, fechar os olhos para irregularidades – rebateu Maurício.
Nesta segunda, uma reunião da Junta Eleitoral vai definir se os pedidos de impugnação de ambos os lados serão mesmo rejeitados. A declaração da situação já foi aprovada. Resta agora a oposição entregar a sua. A Junta pede que as declarações sigam o mesmo modelo. Caso contrário, não será aceita, e o imbróglio permanecerá.