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Com time de juniores, Botafogo é goleado pelo Boavista

Equipe de Saquarema faz 5 a 2 e se classifica para decidir Troféu Carlos Alberto Torres com o Madureira, na preliminar da final da Taça Rio

Por Cahê Mota Rio de Janeiro
Boavista x Botafogo (Foto: Agência Lance) 
Garotada do Botafogo começou bem, mas não
suportou a pressão (Foto: Agência Lance)
 
Diante de apenas 900 torcedores, o Botafogo foi goleado por 5 a 2 pelo Boavista na tarde deste sábado, em São Januário, e foi eliminado do Troféu Carlos Alberto Torres. Representado pela equipe de juniores, o Glorioso até começou bem a partida, mas cansou visivelmente ainda no primeiro tempo e foi atropelado pelo time de Saquarema, que faz a decisão contra o Madureira no próximo dia 1º, no Engenhão, na preliminar da final da Taça Rio. O Tricolor suburbano se classificou ao fazer 2 a 1 no Americano na Rua Bariri.

Frontini, duas vezes, Tony, Santiago e Max marcaram os gols do Boavista, após Jairo e Vitinho abrirem vantagem para o Botafogo ainda na etapa inicial. Na arquibancada, pouquíssimos alvinegros prestigiaram o confronto. Durante os 90 minutos, o que se viu foi uma mistura de apoio aos jovens em campo e protestos pela má campanha na competição. Uma faixa pedindo a saída do gerente de futebol Anderson Barros e do vice André Silva foi exposta ao som de “pior diretoria do Brasil”. Já com a derrota consumada, ouviu-se ainda gritos de “Oh, oh, oh, queremos jogador” e “Ah, ah, ah, melhor que o time titular”.

Agora o Botafogo fica praticamente um mês sem entrar em campo. O próximo compromisso é diante do Palmeiras, dia 22 de maio, em São Paulo, pela primeira rodada do Brasileirão.
 
Garotada alvinegra larga na frente, mas cansa rápido

Se a grandiosidade do Botafogo tornou o esvaziado Troféu Carlos Alberto Torres mais em uma obrigação do que uma ambição, a decisão de escalar a equipe de juniores, campeã da Taça Guanabara, para encarar o Boavista serviu ao menos para tornar a partida atrativa. Ao menos para os jovens, em busca de oportunidades com Caio Júnior. E a julgar pelos primeiros minutos os alvinegros adotaram a estratégia correta.

Sem dar bola para o forte calor que castigava São Januário, a garotada do Botafogo impôs a correria desde o apito inicial e não precisou de muito tempo para abrir vantagem. Aos nove minutos, após cobrança de falta, Jairo foi mais esperto que a zaga do time de Saquarema e tocou para o fundo do gol: 1 a 0. A vantagem não deixou o Glorioso acomodado. Diante de um Boavista passivo e atordoado, Vitinho ampliou aos 20. O atacante aproveitou cochilo da defesa e se viu frente a frente com Thiago para somente deslocar o goleiro e marcar.

Torcida do Botafogo (Foto: Carlos Mota / Globoesporte.com)Torcida do Botafogo protesta contra dirigentes (Foto: Carlos Mota / Globoesporte.com)
 
A parada técnica, porém, não fez bem ao Botafogo. Na retorno, o que se viu foi uma equipe tímida e sem forças para vencer a avalanche verde do time de Alfredo Sampaio. Com Max no lugar de Leandrinho, o Boavista partiu para cima com o trio ofensivo composto pelo próprio Max, Frontini e Tony. Bolas aéreas e chutes de fora da área se tornaram armas, e o time de Saquarema diminuiu aos 41 com Frontini. Após cruzamento da esquerda, o argentino escorou de primeira no segundo pau para fazer 2 a 1. “Emprestado” pelo time profissional, o goleiro Milton Rafael ainda apareceu com boas defesas e garantiu a vantagem do Glorioso no placar na descida para os vestiários.

Boavista vira o placar sem fazer força

Na volta para o segundo tempo o panorama foi o mesmo dos minutos finais da primeira etapa: sem forças, o Botafogo pouco atacava, enquanto o Boavista mostrava o futebol que o levou ao vice-campeonato da Taça Guanabara. Não demorou muito e a superioridade da equipe de Saquarema chegou também ao placar.

Seguro de si, o Boavista se mantinha no campo de ataque trocando passes de um lado para o outro como se soubesse que o gol era questão de tempo. E realmente era. Tanto que aos 13 Santiago desviou de cabeça no primeiro pau após cobrança de escanteio para empatar. Já a virada aconteceu sete minutos depois. Com liberdade, Paulo Rodrigues avançou pela esquerda, levantou a cabeça e encontrou Max no segundo pau. O cruzamento saiu perfeito, assim como a cabeçada do atacante: 3 a 2.
A virada fez com que o Boavista colocasse o pé no freio e renovasse as esperanças botafoguenses. Com as alterações, o Glorioso ganhou fôlego e esboçou uma pressão. Faltava, no entanto, experiência, e as jogadas ofensivas sequer levavam perigo ao gol de Thiago. O resultado? Em vez de empatar, o Botafogo foi vazado mais duas vezes.

Aos 38, Tony marcou um gol olímpico com a colaboração da defesa, que, indecisa, atrapalhou Milton Rafael. Cinco minutos depois, Erick Flores invadiu a área sem marcação e rolou para Frontini escorar e transformar o placar em goleada. O atual campeão se despediu do Carioca de forma melancólica: 5 a 2.

Botafogo 2 x 5 Boavista
Milton Raphael, Gilberto, Paulo Ricardo, Ulisses e Renan Lemos (Jadson); Thiago Brito, Fabiano, Jefferson (Bruno Medeiros) e Vitinho (Castro); Jairo e Willian. Thiago, Everton Silva (Thiaguinho), Bruno Costa, Santiago e Paulo Rodrigues; Julio César, Leandro Chaves (Edu Pina), Erick Flores e Tony; Leandrinho (Max) e Frontini.
Técnico: Eduardo Húngaro. Técnico: Alfredo Sampaio.
Gols: Jairo, aos nove, Vitinho, aos 20, e Frontini, aos 41 minutos do primeiro tempo. Santiago, aos 13, e Max aos 20, e Tony, aos 38, Frontini aos 42 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Renan e Vitinho (BOT) Bruno Costa, Erick Flores, Edu Pina e Everton Silva (BOA).
Local: São Januário, Rio de Janeiro. Data: 23/04/2011.. Arbitragem: Wagner dos Santos Rosa, auxiliado por Lílian Fernandes e Andréa Marcelino de Sá. Público presente: 900. Público pagante: 700. Renda: R$ 11.120,00.