Leandro Canônico São Paulo
Belo Horizonte, Brasília e São Paulo. As três cidades pleiteiam o direito de receber a abertura da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Todas elas, aliás, escolheram a mesma empresa de arquitetura para cuidar dos projetos: a alemã GMP. Na última quarta-feira, Ralf Amann esteve na capital paulista para falar sobre o estádio do Morumbi, mas ficou em cima do muro ao ser questionado sobre qual das arenas é a mais adequada.
- Nós somos projetistas, não políticos. Não vamos falar qual projeto é o mais adequado para a abertura da Copa do Mundo. Isso não cabe a nós – declarou Amann.
No caso do Morumbi, o arquiteto não vê tantos problemas que impeçam o local de ser o palco do jogo inaugural da Copa do Mundo. Ele usa, aliás, o estádio de Berlim, que sediou a decisão da edição de 2006, na Alemanha, como exemplo.
- O estádio de Berlim, que também fizemos o projeto, é muito parecido com o Morumbi. Também era uma arena que precisava de modernização. E nós conseguimos atender a todas as exigências – comentou o representante da GMP.
A empresa alemã tem bastante conhecimento de Copa do Mundo. Além de ter feito estádios na Alemanha, em 2006, participa também de projetos para a próxima edição, em 2010, na África do Sul: na Cidade do Cabo, em Port Elizabeth e Durban. E até por essa experiência é que Ralf tranquiliza os organizadores paulistanos.
- Copa do Mundo não é um processo estático, é dinâmico. É um processo de várias idas e voltas, que o ponto final é em junho de 2014. Várias exigências vão surgir no meio do caminho, porque muita coisa muda durante esse período – falou Ralf.
A escolha do palco da abertura da Copa do Mundo deve acontecer em 2011. Até lá, as três candidatas vão ter de atender todas as exigências da Fifa. O prazo para iniciar as obras das arenas vence no próximo dia 1º de março.