Gustavo Rotstein
Rio de janeiro
Juninho é um alvo comum das vaias do torcedor botafoguense no Engenhão
Se vencer os três jogos que ainda fará no Engenhão, o Botafogo provavelmente garantirá sua permanência na Série A do Campeonato Brasileiro. Este seria um dado animador, não fosse este estádio muitas vezes um local que signifique tensão e insegurança para os jogadores alvinegros. Alvo de hostilidades na vitória por 1 a 0 sobre o Náutico, na última quarta-feira, Juninho deixou claro que o comportamento dos torcedores tem sido, em alguns momentos, prejudicial ao desempenho da equipe em sua própria casa.
Como aconteceu diante do Náutico, as vaias normalmente começam logo no início da partida e muitas vezes os alvos são jogadores apontados como os principais nomes da equipe, como Juninho, Lucio Flavio, Reinaldo e Alessandro. Não são raras as vezes em que os atletas pedem a presença, paciência e apoio aos torcedores no estádio, mas a manifestação contrária, mesmo que de um público que frequenta o Engenhão em pequena quantidade, pode significar um adversário a mais na luta contra o rebaixamento.
- Quanto mais a torcida apoiar e vibrar com a equipe, os jogadores terão o sentimento de confiança, independentemente do momento que o grupo estiver no jogo. Já a vaia tende a criar uma sensação de insegurança e insatisfação, que influencia o desempenho do time em campo - explicou a psicóloga do Botafogo, Maíra Ruas.
Chamado de “amarelão” num pequeno cartaz instalado por torcedores no Engenhão, Juninho mostrou-se inconformado com a falta de apoio de parte dos botafoguenses no momento mais difícil da temporada. O zagueiro, que tem status de líder e ídolo, lembra que a hora é de incentivo incondicional.
- Essa minoria precisa entender que o apoio é fundamental. Vaias não ajudam em nada, apenas dão moral ao adversário - disse.