Técnico relembra Nelson Rodrigues e Lucélia Santos para enaltecer importância das vitórias, mesmo que com futebol feio
Gustavo Rotstein
Rio de Janeiro
Até a partida contra o Náutico, o Botafogo vinha lamentando o fato de que, muitas vezes, sua superioridade nas partidas não se traduzia em resultados positivos. Mas foi exatamente numa de suas piores atuações no Campeonato Brasileiro que o Alvinegro conquistou a importante vitória por 1 a 0, na última quarta-feira. Ao comentar este fato, o técnico Estevam Soares utilizou uma analogia no mínimo curiosa, evocando, por incrível que pareça, um clássico do cinema nacional.
- Estávamos plagiando Nelson Rodrigues e Lucélia Santos. O Botafogo parecia como “Bonitinha, mas ordinária”, e eu quero que seja o oposto disso. Se não der na técnica, é preciso que seja na garra e no coração. Por isso, é preciso enaltecer a conquista dos três pontos - disse o treinador, referindo-se ao filme de 1981, estrelado por Lucélia Santos, baseado na peça de Nelson Rodrigues.
Para Estevam Soares, muito da falta de técnica apresentada pelo Botafogo ultimamente está diretamente relacionada à pressão que vem aumentando a cada resultado negativo, muitas vezes após muitas chances perdidas. O técnico admite que a questão psicológica vem sendo trabalhada com ênfase para que a cabeça seja aliada dos pés na reta final de um Campeonato Brasileiro sofrido.
- O Botafogo chegou ao jogo contra o Náutico após três derrotas consecutivas e depois de perder um clássico dentro de casa. Assim, não há emocional que aguente - destacou.