Alvinegro sofre virada no George Capwell, mas garante vaga nas quartas de final do torneio continental graças à vitória (2 a 0) conquistada no Engenhão
GLOBOESPORTE.COM
Guaiaquil, Equador
E o Botafogo da Copa Sul-Americana foi o mesmo do Campeonato Brasileiro. Ou quase. Na noite desta quarta-feira, no estádio George Capwell, em Guaiaquil, no Equador, o Alvinegro foi derrotado por 2 a 1 pelo Emelec, mas apesar de mais um resultado negativo garantiu classificação às quartas de final do torneio continental. Isso graças à vitória conquistada no Engenhão, onde vem sofrendo bastante no nacional. Em casa, o Alvinegro fez o placar de 2 a 0, e o gol fora de casa garantiu a vaga.
O adversário na próxima fase sai do confronto entre Goiás e Cerro Porteño, que se enfrentam nesta quinta-feira, às 19h15m, no Serra Dourada - o Esmeraldino precisa vencer o time paraguaio por três gols de diferença. E pelo Brasileirão o Botafogo volta a campo no próximo domingo, às 16h, fora de casa e exatamente contra a equipe goiana. O Glorioso, na zona de rebaixamento, precisa da vitória contra o terceiro colocado da competição para não piorar a sua situação. Dentro e fora do campo.
Classificação garantida com cinco minutos de partida
Se o time carioca esperava encontrar pela frente uma Bombonera, bastaram poucos minutos de jogo para perceber que a torcida do Emelec nem de longe lembra a do Boca Juniors. A pressão ficou apenas na promessa e na semelhança entre os estádios, e o gol logo no início também ajudou a esfriar os ânimos equatorianos. Aos cinco, após roubada de bola de Juninho, Lucio Flavio recebeu pela direita e cruzou. O goleiro Elizaga saiu muito mal do gol, e André Lima cabeceou para o fundo das redes. Precisando de quatro gols para avançar à próxima fase, os donos da casa bem que tentaram encurralar o time carioca no campo de defesa, mas ficaram apenas no ensaio.
Aos 13, Quiróz cobrou falta pela esquerda, Mina completou de cabeça para grande defesa de Jefferson, que espalmou no travessão. No rebote, Peirone furou de maneira bisonha na entrada da pequena área, desperdiçando boa oportunidade. Com a confortável vantagem em mãos e percebendo que o adversário estava pouco inspirado, os jogadores do Botafogo buscavam tocar a bola do meio para frente, mas sem se preocupar em ampliar o placar. À exceção de algumas descidas de Victor Simões pela esquerda, todas improdutivas, a equipe não chegava à área equatoriana.
Do outro lado, Peirone e Pérez, de bicicleta, mandaram para fora aos 22 e 31 minutos, respectivamente. Pouco depois, aos 35, o retrato das tentativas de ataque dos anfitriões. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou para José Quiñonez chutar para o gol, mas ele acertou seu companheiro de time Mina, e a bola saiu pela linha de fundo. O primeiro tempo ainda teve um pouco de emoção, mas em forma de empurra-empurra e bate-boca. Juninho e Mina trombaram, mas o jogador do Emelec deu sequência à jogada, revoltando André Lima. Os dois discutiram, e o atacante brasileiro alegou ter sido agredido. O cartão amarelo foi para o zagueiro e capitão botafoguense.
Dupla 'Quiñonez y Quiñonez' expõe a fragilidade alvinegra
Depois de uma etapa inicial morna, o time carioca voltou e encontrou um Emelec totalmente diferente. E um filme recente - a eliminação para o River Plate, no Monumental de Nuñez, em 2007 - passou pela cabeça do alvinegro quando a equipe equatoriana virou a partida. Aos sete, Carlos Quiñonez tabelou com Mendoza, recebeu de calcanhar na área e chutou sem chances para Jefferson.
Cinco minutos depois, Raponi cobrou escanteio pela esquerda, e José Quiñonez cabeceou no ângulo direito. O goleiro alvinegro ainda voou para espalmar, mas a bola bateu no travessão e entrou. A vantagem no placar inflamou os torcedores, que passaram a cantar o tempo todo para incentivar o time, colocando finalmente um pouco de pressão nos jogadores do Botafogo.
A resposta adversária? Uma cobrança de falta de Juninho aos 14, facilmente defendida por Elizaga, e um chute muito ruim de Lucio Flavio aos 23. Entre uma tentativa ou outra de chegar ao campo de ataque, o Botafogo sofria uma verdadeira pressão aérea. Mas Jefferson, em noite inspirada e de sorte, ganhava todas pelo alto ou assistia às conclusões irem por cima do gol. A partir dos 30 minutos, os anfitriões passaram a dar mais espaço para o Alvinegro tocar a bola, mas os erros superavam as oportunidades criadas.
O jeito era tentar de fora da área, e André Lima quase fez um belo gol aos 34, quando recebeu de Fahel e chutou com categoria, mas para fora. Mesmo destino da bomba que Rodrigo Dantas soltou três minutos depois, rente à trave esquerda. Se não surtiu o efeito desejado, o mesmo valeu para o Emelec, que abusou dos cruzamentos para a área, mas sem sucesso. Méritos para o camisa 22 alvinegro. Mesmo derrotado, o Botafogo saiu de campo vitorioso (assista à análise de Luis Roberto e Júnior no vídeo acima).
EMELEC 2 x 1 BOTAFOGO
Elizaga, Carlos Quiñónez, Fleitas (Achillier), Mina e Aguirre; José Quiñónez (Delgado), Quiroz, Pérez (Mendoza) e Raponi; Rojas e Peirone Jefferson, Emerson, Juninho e Wellington; Alessandro, Leandro Guerreiro, Léo Silva (Fahel), Lucio Flavio (Júnior) e Diego; Victor Simões (Rodrigo Dantas) e André Lima
Técnico: Gabriel Perrone Técnico: Victor Simões
Gols: André Lima, aos cinco minutos do primeiro tempo; Carlos Quiñonez, aos sete, e José Quiñonez, aos 12 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Pérez, Fleitas e Mendoza (Emelec); Juninho (Botafogo)
Estádio: George Capwell, em Guaiaquil, no Equador Data: 30/09/2009 Árbitro: Victor Rivera (Peru) Auxiliares: Luis Abadie e Cesar Escano (Peru)