O Globo
RIO - O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, disse nesta sexta-feira que é praticamente inevitável a chegada do vírus da gripe suína (que a Organização Mundial da Saúde renomeou para Gripe A H1N1) ao Brasil. Mas tranquilizou a população reforçando que o país está preparado para enfrentar a epidemia, que já infectou 331 pessoas em 11 países e provocou pelo menos 10 mortes, uma nos EUA e nove no México. Até o momento, há 4 casos suspeitos no país: três em Minas Gerais e um em São Paulo. Mas outros 42 pacientes estão sendo monitorados em 12 Estados
( Acompanhe a evolução do surto no mundo ).
- Não há motivo para pânico no momento, não há sentido nenhum agora em comprar máscaras ou buscar medicamentos contra a gripe. A automedicação pode ser até um risco para a gripe - disse a jornalistas após a inauguração de um centro de reabilitação da Rede Sarah no Rio de Janeiro. - Até o momento não há nenhum caso confirmado de gripe suína no Brasil.
" Não há motivo para pânico no momento "
Temporão reiterou que o Brasil tem estoque de 12.500 tratamentos da doença e matéria-prima para produzir outros 9 milhões. O plano de contingência do país está sendo focado, por enquanto, para portos e aeroportos, mas pode ser estendido a estradas, caso isso se mostre necessário.
Temporão também descartou por enquanto a possibilidade de estabelecer restrições ao tráfego aéreo ou de pessoas vindas do México, onde se iniciou a epidemia de gripe suína
(México recebe US$ 5 milhões em doações da China)
- Estamos seguindo rigorosamente as recomendações da OMS, que ainda não fez nenhuma restrição nesse sentido - disse o ministro, que criticou a demora do órgão em comunicar a disseminação da doença.
(Fique por dentro: perguntas e respostas sobre a gripe) .
- A OMS demorou a avisar o mundo. Isso só foi realizado no sábado - disse.
O ministro anunciou ainda, a intenção de convocar para a semana que vem uma reunião com autoridades de saúde da América do Sul e discutir medidas de contenção do H1N1. Nenhum caso foi confirmado na região até agora.
- Estou querendo programar para semana que vem, em Brasília, uma reunião com os ministros da Saúde da América do Sul para definir uma ação conjunta.