Treinador exalta diretoria, diz que título seria o mais especial e que não teve decepções
Danilo Santos
Danilo Santos
ENVIADO ESPECIAL A SAQUAREMA Entre em contato
A alegria estampada no rosto sereno de Ney Franco, por vezes misturada com alguma tensão, tem um motivo justo. Depois de renovar contrato com o Botafogo, no fim de 2008, o técnico passou por indefinições na época da montagem do grupo, sofreu com a desconfiança de todos, porém, hoje, colhe os frutos.
Na final do Estadual, que termina domingo, contra o Flamengo, provou que é possível formar um time de jogadores sobretudo voluntariosos e com muita vontade de vencer. Por isso, o desabafo ao comentar a possibilidade de se tornar bicampeão carioca (levou pelo Rubro-Negro em 2007).
- Seria especial demais ser campeão, ainda mais que é só a segunda vez que disputo o Carioca, manteria os 100% de aproveitamento. Vocês sabem bem que foi difícil montar o grupo com as dificuldades financeiras. Mas passamos bem pela pré-temporada, os treinos, as turbulências... A diretoria, sempre atuante, ajudou muito, com salários em dia. A vitória seria de todo grupo de trabalho - disse Ney.
Em uma rápida olhada no retrovisor, jargão ignorado constantemente pelo técnico, garante não ter qualquer arrependimento. Se tentou algo e não deu certo, tudo o que fez foi pensando no melhor para o clube.
- Nem posso dizer que tive decepções nesse campeonato, pelo contrário. Mas a grande surpresa foi a atuação do Eduardo no primeiro jogo da final - conta Ney, orgulhoso por aparentemente ter conseguido levantar o jovem mais uma vez.