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Conheça os dois braços direitos de Ney Franco

Auxiliares Éder Bastos e Moacir Pereira contam curiosa história que ajudou em 2007


Danilo Santos ENVIADO ESPECIAL A SAQUAREMA Entre em contato

(Crédito: Paulo Sérgio)

Elogiado pelo trabalho de reestruturação do Botafogo, Ney Franco faz questão de dividir os méritos. Parte importante para ele vem da comissão técnica. Em Saquarema, é com ajuda de seus auxiliares Éder Bastos, de 43 anos, e Moacir Pereira, de 48, (também auxiliar, Jair Ventura, responsável pelas estatísticas, não costuma viajar) que ele consegue bons resultados. Curiosamente, o título carioca de 2007, no Flamengo, tem boa participação deles.

– Éder estava no Cruzeiro, enquanto Ney e eu, no Flamengo. Na semana anterior à decisão, o Botafogo foi treinar na Toca da Raposa, pois enfrentaria o Atlético Mineiro, pela Copa do Brasil. Como o Éder estava lá nos passava todas as informações – diverte-se Moacir.
Como Ney Franco divide as tarefas entre seus auxiliares, Moacir, que conhece o treinador há nove anos, cuida da parte de campo.

- Nos treinos, a parte técnica fica sob meu controle. O trabalho de quarta-feira, por exemplo, envolveu fundamentos e foi todo comigo. Busco também ajustes na parte tática - disse ele, para explicar como começou a carreira.

- Curto futebol desde pequeno, mas nunca fui um bom jogador (risos). Sou um bom observador. Aí, resolvi estudar, me formar em Educação Física e fazer uma pós-graduação. Queria estar no futebol e consegui.

Já Éder, ex-volante do Cruzeiro (de bom nível, segundo ele) é, justamente, considerado o espião, pois viaja para analisar futuros adversários.

- Exerço, principalmente, duas funções: observação e captação de reforços. Quando assisto aos jogos dos adversários do Botafogo, já noto quem pode vir futuramente. Um bom exemplo que gosto de citar é o do zagueiro Wellington. Quando o notei, ele tinha 13 anos e jogava pelo Cuiabá. Levamos para o Cruzeiro à epoca. Há vários casos assim, o Ney bateu no peito e apostou - afirmou.

O assistente conhece Ney Franco desde 1998, quando estava nos juniores e o treinador nos juvenis do Cruzeiro. A liberdade concedida pelo comandante é tida como um diferencial.

- Para nós, é um privilégio trabalhar com o Ney Franco. Ele é um técnico que determina atribuições e sabe reconhecer o esforço. Além disso, tem muita serenidade e equilíbrio. Deixa o trabalho fluir de uma forma natural. O grande segredo dele é a confiança que passa aos profissionais - completou.