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Centroavante, Simões foi testado até como armador contra o Grêmio (Crédito: Lancepress!)
O ponto forte do Botafogo no início da temporada é, agora, a maior deficiência. Se antes primava pelo poderio ofensivo, com gols em todos os jogos, no momento o desafio de Ney Franco é reencontrar a fórmula para seus atacantes voltarem a brilhar, já que o time não marcou nas duas últimas partidas.
Para o treinador, a falta de eficiência ofensiva foi determinante diante do Grêmio. Ele chegou a pôr quatro atacantes juntos (Tony, Diego, Jean Coral e Victor Simões).
– Usei todos os recursos disponíveis para dar mais efetividade. Abri o time, mas, apesar da entrega e da garra, faltou criatividade ao ataque – explicou o treinador alvinegro.
Veja as variações do ataque alvinegro
O que ainda gera preocupação a Ney Franco é conseguir armar seu ataque sem Maicosuel, vendido para o Hoffenheim (ALE), e Reinaldo, machucado. Desde o segundo jogo da final do Carioca, eles não atuam, mas, ainda assim, é difícil encontrar substitutos à altura no grupo.
– São jogadores que fazem falta. Quem entrou tem qualidade, mas precisa de ritmo de jogo e entrosamento para engrenar. Acredito que isso foi fundamental para a vitória do adversário – afirmou Victor Simões, que comentou também sua utilização no meio-de-campo:
– Estou jogando fora de posição e afastado da área para ajudar o meio, o que sacrifica ainda mais a equipe.
O fato de o atacante ter atuado mais recuado mostra que Ney Franco ainda está em busca de alternativas, enquanto não chegam reforços.
Sem medo de escalar jogadores jovens, ele vem testando Gabriel, Rodrigo Dantas e Tony. Porém, não chega a ser a solução.
Nos outros setores do campo, o pensamento é de que não apenas os atacantes estão devendo. Da mesma forma que acredita que eles devem ajudar na marcação, Juninho, que tem levado perigo aos adversários em cobranças de falta, quer os defensores apoiando o ataque.
– Eles não são os únicos culpados pela escassez de gols. Todos os setores devem funcionar bem. Precisamos é de equilíbrio entre a defesa, o meio e o ataque. O problema é que precisamos agredir mais. Jogar como no segundo tempo, quando criamos boas chances – comentou.