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Apesar da cautela, Lucio Flavio já imagina possível retorno ao Botafogo

Comedido, meia afirma que não vai negociar volta enquanto não houver desligamento oficial do Santos

Gustavo Rotstein Rio de Janeiro


Em General Severiano, a expectativa é grande para volta de Lucio Flavio. No entanto, o jogador prefere manter a cautela sobre esta possibilidade, principalmente porque ainda não sacramentou sua saída do Santos, algo que depende do aval do presidente Marcelo Teixeira. Em conversa com o GLOBOESPORTE.COM, o meia, entretanto, fala com carinho sobre o Botafogo e o provável retorno, mesmo que ainda medindo as palavras.


Lucio Flavio deixou o Botafogo no fim de 2008, após três temporadas no clube, em busca de novos horizontes no Santos. Mas a falta de oportunidades fez o meia buscar a saída, e a negociação de Maicosuel para o futebol alemão criou um espaço que agora pode ser recuperado. Ele vê o possível acerto com o Alvinegro como uma volta para casa.


Como está hoje a sua situação no Santos e a possibilidade de volta ao Botafogo?


Tudo depende de o presidente do Santos assinar a rescisão do meu contrato. O processo da minha saída já dura duas semanas, e minha vontade é acertar tudo o mais rapidamente possível, para que eu decida sobre o meu destino. O Botafogo vem tentando o meu retorno, mas tudo dependia da saída do Maicosuel. Também outros clubes me procuraram.


E como vão essas negociações?


Avisei ao Botafogo e aos outros clubes que não negocio enquanto não definir minha situação com o Santos, pois não posso pensar numa situação que ainda não aconteceu. No futebol, não se pode acreditar nas coisas sem ter algo assinado.


Mas como você encara a possibilidade de retornar ao Botafogo?


Todos sabem do laço que existe entre mim e o Botafogo. Houve a possibilidade de sair no fim do ano passado, e na ocasião deixei claros os motivos da minha escolha. Hoje a situação é diferente. O fato de eu conhecer o clube e estar adaptado a ele me ajudaria, mas quero esperar para definir minha situação, o que pode acontecer nas próximas 48 horas.


Sentiu saudade do Botafogo neste tempo em que esteve fora?


Por ter defendido o clube durante três anos você lembra as boas situações que aconteceram. Foi criada uma ligação. O clube viveu um outro momento, descobriu o Maicosuel, que deu certo. Mas isso mostra que os atletas passam e o Botafogo fica, é assim mesmo.


Você deixou o clube com status de ídolo e capitão. Caso sua volta se concretize, acredita que precisaria recuperar este espaço?


Todo jogador que vive essa situação volta reconquistando algumas coisas, mas também tendo de conquistar outras. Comissão técnica, jogadores e torcida me conhecem, então não teria muita diferença. Mas como comecei o ano fora do clube, pode haver um outro pensamento. Mas jamais vou idealizar sobre isso antes de definir minha situação com o Santos.


Neste tempo que esteve no Santos, você acompanhou o Botafogo e manteve contato com os amigos que deixou no clube?


Acompanhei o Campeonato Carioca e assisti às finais, principalmente por ter saído do clube há pouco tempo. Conversei ao longo dos últimos meses com Leandro Guerreiro, Juninho, Emerson, Renan... Criei muitas amizades no Botafogo e as levo para onde for, como aconteceu também no Santos.


Quando você deixou o Botafogo, o clube vivia uma situação financeira difícil e atrasava o pagamento dos salários. Como você analisa o atual momento do clube?


De acordo com algumas pessoas com quem conversei, a atmosfera é boa. O ambiente parece mais tranquilo, e todos estão mais satisfeitos por causa dos salários em dia. Hoje não existe mais espaço para os clubes que não trabalham dessa forma.