Diguinho rebate acusações de dirigente: 'Montenegro só aparece nas horas boas'
Volante se une a Túlio nas críticas ao vice, e desmente que exista uma divisão no elenco alvinegro liderada por Lucio Flavio e Carlos Alberto
Gustavo Rotstein
Rio de Janeiro
Michel Lima/Editoria de Arte
Racha promovido por Carlos Alberto e Lucio Flavio é rechaçada também por Diguinho Jogar na argentina tem sido um drama para o ambiente do Botafogo nos últimos dois anos. Se em 2007 a vergonhosa eliminação para o River Plate nas oitavas-de-final da Copa Sul-Americana abriu uma ferida que não cicatrizou até o fim do ano, com declarações pesadas do vice de futebol, Carlos Augusto Montenegro, a alguns jogadores, a derrota para o Estudiantes, na noite de terça-feira, voltou a expor alguns dos problemas do clube. E o personagem central da história é, mais um vez, o dirigente alvinegro.
Segundo ele, o ano para o clube acabou - o Botafogo tem chances pequenas de conseguir uma vaga na Libertadores, e a classificação à semifinal da Sul-Americana só será obtida com uma vitória por mais de três gols de diferença, no próximo dia 5, no Engenhão - e existe um racha no elenco. De um lado, o grupo liderado por Lucio Flavio, que entende os problemas da diretoria; do outro, a turma de Carlos Alberto, que cobra os salários atrasados e a premiação prometida caso a equipe chegasse ao G-4. Tudo, isso no entanto, só fez irritar o elenco.
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Depois de Túlio, um dos jogadores mais identificados com o Botafogo no atual elenco, criticar e desmentir as declarações de Montenegro, foi a vez de Diguinho soltar o verbo. Curto e grosso, no embarque da delegação de volta ao Brasil, o volante cobrou uma postura mais amigável do dirigente.
- O Montenegro só aparece nas horas boas. Mas nos momentos difíceis, quando precisamos de apoio, ele deixa de lado - afirma o jogador.