Montenegro reitera sua posição e faz novas revelações no Botafogo
Luciano PaivaNo Rio de Janeiro
O racha no grupo do Botafogo teve mais uma revelação nesta quarta-feira. Em contato com a reportagem do UOL Esporte, o vice de futebol do clube e colaborador da diretoria, Carlos Augusto Montenegro, disse que a divisão acontece em função de jogadores insatisfeitos pelas poucas oportunidades com o técnico Ney Franco. O dirigente foi claro ao citar alguns nomes.
Pedro Ponzoni/UOL Esporte
Carlos Augusto Montenegro reafirma que o grupo do Botafogo tem muitos problemas
"O grupo está mesmo rachado. São mais próximos do Carlos Alberto aqueles que não estão tendo oportunidades como o Fábio, o Marcelinho, o Lucas Silva e também o Gil, além do Diguinho, que é companheiro da noite do Carlos. E temos o grupo do Lucio Flavio, aqueles que são mais profissionais", comentou, lembrando uma discussão envolvendo Carlos Alberto e Lucio Flavio.
O fato aconteceu no desembarque da delegação alvinegra após a vitória sobre o Sport por 1 a 0 (17/08), na Ilha do Retiro, gol do atacante Jorge Henrique. O dirigente afirmou que os dois jogadores se desentenderam. "É, realmente aconteceu esta confusão dentro do aeroporto", pontuou.
Carlos Augusto Montenegro falou ainda sobre as declarações dos jogadores do Botafogo no desembarque, nesta quarta-feira, após o jogo com o Estudiantes-ARG, pelas quartas-de-final da Copa Sul-Americana. Todos negaram um racha no clube, principalmente o cabeça-de-área Túlio, que chamou o dirigente de mentiroso.
"Se eles me acham mentiroso, que me provem dentro de campo. Nós fazemos um esforço enorme para manter o grupo satisfeito. Embora eles não confirmem, uma parte dos atrasados foi pago na segunda passada. Eles sabem que foi. Tomei conhecimento das declarações", disse, acrescentando, um ataque ao volante do Botafogo.
"O ano do Botafogo acabou mais cedo. O Túlio, por exemplo, foi avisado antes de a partida começar que o árbitro fala português. Aí ele vai e fala um palavrão para o juiz? Isso não pode, não tem explicação", comentou, relembrando que Túlio foi expulso no duelo.
Em relação ao pedido feito pelo cabeça-de-área Diguinho e o atacante Wellington Paulista, que cobraram maior presença do dirigente junto com o grupo nos momentos bons e ruins, Carlos Augusto Montenegro foi taxativo ao dizer que este tipo de atitude não faz parte dos seus planos.
"Não sou babá e nem tenho de tomar conta de jogador. Eles ganham muito mais do que eu. Eles têm de resolver dentro de campo. O Botafogo estava em uma reação no Campeonato Brasileiro muito, não tem explicação cair assim da noite para o dia. Não é por causa de salário atrasado. Existe um racha com toda a certeza", encerrou.