Peixe cai em Floripa, e Cuca pede demissão
Em casa, Figueirense atropela o Santos, e Cuca pede demissão
Peixe dá outro vexame e segue na zona de rebaixamento, agora sem treinador. Figueira se aproxima do G-4
Gol Figueirense
O Figueirense não teve nenhuma compaixão com o Santos. Aproveitou-se da péssima fase do time da Vila Belmiro e fez 3 a 0, nesta quarta-feira à noite, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis. O Peixe continua em seu calvário no Brasileirão. Com apenas oito pontos, segue na penúltima posição, sem vencer há dez jogos. Já o Figueira vai a 19 pontos, próximo à zona de classificação para a Taça Libertadores. No fim do jogo, Cuca pediu demissão e a diretoria aceitou. O treinador comandou o Santos em oito jogos e não conseguiu nenhuma vitória. Zetti e Geninho já foram consultados para substituí-lo.Na próxima rodada, o Figueira enfrenta o Fluminense, sábado, às 18h20m, no Maracanã. O Santos pega o Sport, domingo às 16h , na Vila Belmiro.
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Edu Salles passeia entre santistas Pressionado pela péssima fase que atravessa, o Santos foi para cima do Figueirense, mas seguiu com sua sina de perder chances demais. Quase abriu o placar logo no primeiro minuto, quando Michael cruzou da esquerda e achou Kléber Pereira livre dentro da área. O atacante, sozinho, perdeu o gol mandando por cima. O artilheiro do Peixe voltaria a ameaçar o gol de Wilson aos 14, quando dominou dentro da área e mandou bomba de pé esquerdo. O goleiro defendeu.
Como tem acontecido muito neste Brasileirão, o Peixe ficou no quase. O Santos foi um time nervoso e o Figueirense soube se aproveitar disso. Apertando a marcação no meio-de-campo e jogando a bola na área do Peixe, o time catarinense ia criando suas chances. Com uma zaga desentrosada (Fabiano Eller estreou formando dupla com Domingos), mal posicionada e sem o goleiro Fábio Costa, machucado, o time de Cuca mostrou-se muito vulnerável, sobretudo nas jogadas pelo alto. E foi justamente num chuveirinho que o Figueira abriu o placar.
Marquinho cobrou falta da direita e Edu Salles nem precisou subir para ganhar de Kleber e cabecear para o chão, matando o goleiro Felipe. A desvantagem no placar fez a equipe santista entrar em parafuso. O time se lançou ao ataque, deixando ainda mais vulnerável a fraca defesa, que passou a ser alvo de rápidos contra-ataques. À vontade em campo, o Figueirense trocava bons passes e não tinha nenhuma dificuldade para entrar na área santista. Aos 45, veio o segundo gol. O Peixe foi todo para a frente numa jogada de escanteio.
Não fez o gol e levou um contra-ataque mortal. Magal desceu em alta velocidade, avançou e abriu para Edu Salles na direita. O atacante dominou e chutou forte, cruzado, de pé direito. Felipe nada pôde fazer. Peixe entregue; Figueira deita e rola O Santos voltou atordoado para o segundo tempo. Errando passes primários, com marcação frouxa, desorientado. Cuca tentou dar mais opção de ataque.
Tirou o inoperante Apodi para colocar mais um atacante: LIma foi o escolhido. No entanto, com a saída de Apodi abriu-se um abismo no lado direito da defesa santista. E foi por ali, aos 12, que o Figueirense ampliou. Marquinho invadiu a área e apenas rolou para Tadeu emendar de cabeça, ampliando o placar e o sofrimento dos santistas. Tranqüilo em campo e diante de um adversário totalmente entregue, o Figueirense foi criando chances com extrema facilidade.
Edu Salles, Cleiton Xavier, Marquinho e Tadeu trocavam passes com rapidez, colocando a zaga santista na roda. Na base do desespero, Cuca tirou o meia Michael e colocou o atacante Tiago Luís, abrindo de vez sua equipe, que passou a atuar com quatro jogadores de frente: Maikon, Tiago Luís, Kléber Pereira e Lima. O volume de jogo do Santos no ataque melhorou. Mas isso não significou muita coisa.
O Figueirense, com sua zaga bem posicionada, neutralizava as tentativas do Santos e aproveitava-se dos enormes espaços que tinha à disposição. Aos 25, Marquinho passou fácil por Tiago Luís (que marcava pelo lado esquerdo, como um lateral) e cruzou forte. A bola passou na frente de Felipe e só não entrou porque ninguém conseguiu alcançá-la. Aos 35 minutos, a torcida do Figueira sentindo que a situação de Cuca é delicada, ironizou: - Adeus, Cuca; adeus, Cuca! - cantava a arquibancada. Aos 41, Magal exagerou na empolgação.
Deu uma pancada em Tiago Luís, por trás, e acabou levando o vermelho, deixando o Figueirense com um jogador a menos em campo. Mas o tempo não teve tempo, nem capacidade técnica para reagir.