Ronaldinho fica calado durante conversa de quase uma hora. Em discurso firme, presidente pede comprometimento e diretores se irritam com Willians
O confinamento dos jogadores do Flamengo à espera do jogo contra o Vasco serviu para uma forte cobrança da presidente Patricia Amorim na tarde desta sexta-feira, no hotel onde o grupo se concentra, na Barra da Tijuca. Acompanhada por outros dirigentes, ela pediu a palavra e questionou os últimos resultados. Com uma folha de quase R$ 7 milhões, o Rubro-Negro está na lanterna do Grupo 2 da Libertadores – cinco pontos em cinco jogos – e só avança às oitavas se vencer o Lanús, quinta-feira, e Olimpia e Emelec empatarem no Paraguai.
Durante o discurso, Patricia exigiu maior comprometimento dos jogadores e reforçou o discurso da grandeza do Fla. Ela disse que o clube respira vitórias e que os jogadores precisam dar alegrias aos torcedores. O vice de futebol Paulo Coutinho e o vice jurídico Rafael de Piro também discursaram.
Ronaldinho permaneceu calado durante todo o tempo. O único que falou em nome do grupo foi o atacante Deivid. Ele disse que o elenco é unido, mas reconheceu os fracos resultados do ano.
- Estamos prontos para resolver essa situação. Não existe apenas um culpado, mas sim todo o grupo. Temos um compromisso com a torcida para mudar essa situação – disse o camisa 9 na frente de todos.
Segundo um dirigente que estava na reunião, o comportamento de um atleta irritou: Willians. O volante se mostrou alheio ao papo e pode ser afastado do grupo após a partida contra o Lanús, quinta-feira.
- Ele é marrento e não respeita ninguém. Não se enquadra no que queremos daqui para frente – disse o dirigente.
O vice de relações externas, Walter Oaquim, rebateu o comentário:
O vice de relações externas, Walter Oaquim, rebateu o comentário:
- Quem passou essa informação está mentindo. O único que pode barrar o Willians é o técnico. Não existe nenhum movimento para afastá-lo.
O técnico Joel Santana não participou da conversa porque não foi convidado.