Aos 29 anos, meia declara amor ao Glorioso, relembra 2003 e brinca: 'Se der para jogar com Túlio, maravilha. Se não der, quero disputar a Série A'
Almir é destaque do Bangu na Taça Rio
(Foto: Gabriel Fricke / Globoesporte.com)
(Foto: Gabriel Fricke / Globoesporte.com)
“Almir, faz um gol aí”. O coro vindo da arquibancada na campanha do Botafogo na Série B de 2003 ainda está vivo na memória de muitos alvinegros. Na de um deles, mais ainda. Homenageado na música, o meia Almir, de 29 anos, relembra com carinho a passagem vitoriosa pelo time do coração, quando foi artilheiro do time com 12 gols. Destaque do Bangu na Taça Rio deste ano, o jogador sonha voltar ao Glorioso e atuar ao lado de outro ídolo alvinegro: Túlio Maravilha.
Campeão brasileiro de 1995, o jogador de 42 anos trava uma luta para chegar ao milésimo gol. Segundo contas pessoais, faltam apenas 15. Quando restarem sete, ele deverá deixar o CSE de Alagoas para encerrar a carreira no time de General Severiano. Com contrato até o fim do estadual, Almir pensa em fazer dupla com Túlio Maravilha.
- O Túlio é um ídolo que teve conquistas importantes. Vou torcer muito para que volte. Vai ser legal vê-lo no Botafogo. O torcedor fala disso. É bacana que seja um desejo deles me ver ao lado do Túlio. De repente, se acontecer de jogar com o Túlio, maravilha (risos) - brincou o jogador, sem deixar de fazer trocadilho com o apelido do ídolo. - Mas se não der, quero disputar a Série A. Tenho muita lenha para queimar - acrescentou.
A admiração rende até uma coincidência. No Bangu, Almir é dono da camisa 10, mas no Botafogo, vestia a sete, usada por Túlio. Supersticioso, o meia alvirrubro conta que, antes de entrar no gramado em cada partida, costuma amarrar sete nós nos cadarços das chuteiras.
- Ligo para minha mãe, Dona Ana, e minha esposa, Luciana, pergunto como está minha filha, a Lívia, e peço a benção. Sempre gostei da camisa sete. Por isso, dou os sete nós na chuteira. Os jogadores do Bangu dão risada porque no fim do jogo tem um monte de nó para tirar, demoro demais. Fica um bolinho de cadarço - relata o atleta.
Jogador já fez três gols em três jogos pelo time (Foto: Gabriel Fricke / Globoesporte.com)
Em 2003, mesmo com boas atuações, Almir foi para a reserva em alguns jogos por conta da disputa com Dill e Leandrão. Nessas ocasiões, a torcida demonstrava todo seu carinho com uma versão diferente da música: “Levir, bota o Almir”, provocando o técnico Levir Culpi. O jogador chega a se emocionar ao falar do Botafogo, mas diz que o coração já tem outras duas cores.
- Sou botafoguense. Tem torcedor que me encontra, agradece, pede para que eu volte. Um deles me disse: "Se o Botafogo está bem hoje, é por sua causa". Quando chego em um clube, visto a camisa. No Bangu, quero ser ídolo. Meu coração vai ser alvirrubro também. Não vai ser, já é - concluiu.
Para ficar de vez na história banguense, o meia precisa ajudar o time a reverter a péssima campanha da Taça Guanabara. Ele já fez três gols em quatro jogos. No primeiro turno do estadual, o time não marcou sequer um ponto, tendo sido derrotado sete vezes. Na Taça Rio, é o vice-colocado do Grupo B, com nove pontos, dois atrás do Vasco.
Para ficar de vez na história banguense, o meia precisa ajudar o time a reverter a péssima campanha da Taça Guanabara. Ele já fez três gols em quatro jogos. No primeiro turno do estadual, o time não marcou sequer um ponto, tendo sido derrotado sete vezes. Na Taça Rio, é o vice-colocado do Grupo B, com nove pontos, dois atrás do Vasco.