Nos bastidores, Rio e Rio Grande do Sul se unem contra paulistas
LANCEPRESS!
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Rio de Janeiro (RJ)
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Os presidentes das Federações de Futebol já começaram as articulações em busca de um nome de consenso para assumir a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Os indícios, não negados pela entidade, de uma renúncia do mandatário Ricardo Teixeira anteciparam uma briga programada para ocorrer apenas em 2014.
O presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Marco Polo Del Nero, é o nome preferido da ala conservadora, além de ter a simpatia de Teixeira. Ele tem o apoio de aliados do mandatário da CBF, como os presidentes das federações mineira, Paulo Schettino, e catarinense, Delfim Peixoto.
– Sei dessa disputa entre São Paulo e Rio. Mas ainda acredito que o Ricardo fique – disse Peixoto.
A ala independente está sob a liderança dos presidentes das Federações do Rio de Janeiro, Rubens Lopes, e do Rio Grande do Sul, Francisco Novelletto. O principal medo dos dirigentes é o de que a CBF se transforme em uma entidade comandada por paulistas.
Indícios da saída
Para-raios Para tentar fugir dos holofotes, Teixeira convida Ronaldo para assumir um cargo de diretor no Comitê Organizador Local da Copa-2014 (COL).
Timão Após arrumar um para-raio no COL, Teixeira nomeia o então presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, para diretor de Seleções da CBF.
Licença Teixeira pede licença da CBF em dezembro e só retoma as atividades no início deste mês.
Demissão Tio e secretário-geral da CBF, Marco Antonio Teixeira, é demitido pelo sobrinho, na semana passada. O tio era um de seus aliados na entidade
Timão Após arrumar um para-raio no COL, Teixeira nomeia o então presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, para diretor de Seleções da CBF.
Licença Teixeira pede licença da CBF em dezembro e só retoma as atividades no início deste mês.
Demissão Tio e secretário-geral da CBF, Marco Antonio Teixeira, é demitido pelo sobrinho, na semana passada. O tio era um de seus aliados na entidade
A fonte secou A perda de prestígio político na gestão da presidente Dilma Rousseff enfraquece Teixeira.
A verdade Documentos que comprovariam a participação de Teixeira em um esquema de suborno, na Suíça, podem ser revelados.
– Ao prorrogarmos o mandato para 2014, o que estendemos foi a permanência de Teixeira. Se ele renunciar, não tem porquê nenhum outro ficar esse tempo a mais, já que a Copa está garantida. Queremos que novas eleições sejam convocadas e quem ganhar ganhou – frisou Novelletto.
O presidente da Federação Gaúcha ainda lembrou que a prorrogação do mandato só ocorreu por causa da Copa. E, agora, novas eleições não prejudicariam o Mundial.
Mas um terceiro nome, que pode representar o consenso, é o do vice-presidente da CBF da Região Centro-Oeste, Weber Magalhães. Ele sempre esteve ao lado de Teixeira e não escondeu que cobiça o cargo.
– Estou sempre à disposição do presidente (Teixeira) para o que for necessário. Tenho amizade com todos os presidentes de Federação – disse Magalhães, ex-presidente da federação brasiliense de futebol.
‘Estamos em um barco à deriva’ |
A falta de comunicação do mandatário da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, sobre os rumos da entidade tem irritado os presidentes das Federações de Futebol. Ontem, o presidente da Federação Gaúcha, Francisco Novelletto, engrossou o coro dos descontentes. – Estamos nos sentindo em um barco à deriva. Não temos nada contra o Marin, acredito que ele seja um cara correto. Mas vai ter de decidir se vai navegar em um mar sereno ou se vai enfrentar ondas de oito metros – destacou Novelletto, ao falar sobre a possibilidade de Teixeira se afastar e ter seu posto assumido pelo vice-presidente mais idoso da CBF, José Maria Marin. Aliado antigo de Teixeira, o presidente da Federação Catarinense, Delfim Peixoto, foi outro que não escondeu sua decepção com o presidente da CBF. Em um tom rancoroso disse não ter recebido nenhuma ligação do dirigente para falar de sua saída. – Ninguém me convocou para nada. Nem mesmo os nomes que podem assumir, caso o Ricardo saia – frisou o presidente da Federação Cearense, Mauro Carmélio. |