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Independente, Elkeson 'libera' os pais e apela ao telefone durante a má fase

Fora de casa desde os 11 anos, meia está acostumado com isolamento e pede cuidado com os irmãos, em Salvador. Saudade e apoio são assuntos

Por André Casado Rio de Janeiro
 
elkeson botafogo (Foto: André Casado / GLOBOESPORTE.COM) 
Elkeson, disperso, descansa de treino na academia
(Foto: André Casado / GLOBOESPORTE.COM)
 
A mudança brusca de Salvador para o Rio de Janeiro, após ser vendido por quase R$ 5 milhões ao Botafogo, fez com que Elkeson trouxesse os pais, Antônio e Irene, para um período no Rio. A adaptação foi rápida, o meia logo se destacou e até chegou à Seleção Brasileira, em setembro de 2011. Mas, com a queda geral de produção, o brilho do camisa 9 se apagou. Ainda assim, pediu que sua família, que acabaram de voltar para o Nordeste, se concentrasse mais em seus irmãos.

- Tive a personalidade de falar que irmãos, que estão na faculdade, precisam mais de meus pais. Tivemos um problema particular há um tempo atrás e me virei sozinho. Moro na concentração desde os 11 anos, praticamente, no Vitória, e podia suportar bem. Minha vida aqui é jogo, treino, jogo, treino. Não preciso de tanto apoio, só pelo telefone, dando força, como aconteceu nesses dias - revelou Elkeson, em tom emocionado.



- Não tem preço receber uma ligação da sua mãe, falar com seu pai, todos alegres, dando parabéns, felizes pelo desempenho que você teve. A saudade é grande, mas só me dá mais força para continuar firme na minha carreira e não deixar crítica ou momento ruim me abater - confessa.

O jogador dedicou à família - e à comissão técnica do Alvinegro - os dois gols na vitória por 5 a 0 sobre o Olaria, no Engenhão. Ele não marcava desde agosto do ano passado e se aproximava da berlinda na equipe titular. Herrera e Felipe Menezes estavam de olho em sua vaga.