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Jobson está prestes a deixar o Bota pela porta dos fundos

Quando chegou ao clube, diretoria queria transformá-lo em ídolo e o recebeu com festa, mas em seis meses as coisas mudaram

Jobson. (Foto: Gilvan de Souza)  Jobson se envolveu em diversas confusões no fim da temporada (Foto: Gilvan de Souza)

Dennis Nery e Vinícius Perazzini
Rio de Janeiro
 
Quando Jobson chegou ao Botafogo, a diretoria alvinegra queria transformá-lo em um ídolo. Mesmo com os problemas com as drogas, os dirigentes apostaram no bom futebol do atacante e na promessa de bom comportamento. No entanto, bastaram seis meses para tudo se inverter. As confusões voltaram a atormentar a carreira do jogador e se ele chegou com festa no início, agora está praticamente fora, saindo pela porta dos fundos.

O desgaste da diretoria com Jobson ficou cada vez mais evidente no fim do ano. Atrasos e faltas de treinos fizeram com que os dirigentes aplicassem multas atrás de multas ao jogador. Na última partida do Botafogo no ano, o atacante sequer viajou para Porto Alegre. Para o planejamento do ano que vem, Jobson não faz parte dos planos.

Por estas questões, o Botafogo passou a ouvir propostas para negociar Jobson. Como ele ainda é novo (22 anos) e já mostrou ter qualidade, a diretoria alvinegra espera, pelo menos, recuperar o investimento feito no meio do ano (cerca de R$ 3 milhões pagos ao Brasiliense).

Diversas sondagens surgiram, inclusive uma do futebol europeu. Esta foi a que o Botafogo mais se interessou e espera receber uma proposta oficial. Caso isso não aconteça até segunda-feira, o destino do atacante deve ser mesmo o Atlético-MG, que foi o único clube que já fez uma oferta concreta ao Glorioso.

Inclusive, Jobson já esteve com Alexandre Kalil, presidente do Galo, e gostou do que foi oferecido, dando sinal verde para a negociação. O acordo com o Botafogo está sendo mais difícil de acontecer, já que a primeira proposta foi considerada baixa.

As negociações continuaram e está praticamente acertado que Jobson irá para o Atlético-MG por um ano de empréstimo. O valor da negociação gira em torno dos R$ 300 mil e o Galo não teria prioridade de compra dos direitos do jogador.

Atualmente, Jobson está em Conceição do Araguaia (PA), sua terra natal, apenas aguardando um desfecho desta negociação. A qualquer momento, o atacante pode acertar sua saída do Botafogo. Pelo visto, não vai deixar saudade.

CONFUSÃO DE EMPRESÁRIOS NÃO VAI ATRAPALHAR ACORDO

Se o destino de Jobson está praticamente traçado rumo ao AtléticoMG, o mesmo não pode ser dito sobre quem é o verdadeiro representante do atacante. De um lado, Antenor Joaquim; do outro, a Traffic Talentos, com a qual o jogador começou a trabalhar recentemente.

A relação confusa também é um dos fatores que não agradam a cúpula de futebol do Botafogo. Segundo membros da diretoria, é difícil saber com quem tratar o futuro do atleta.

No entanto, a situação não deve dificultar a ida do atacante para Minas Gerais. Pelo lado de Antenor Joaquim, que agencia a carreira do jogador desde os primeiros passos como profissional, não existe problema em possível mudança de empresário, desde que uma multa rescisória seja paga por isso.

Por sua vez, Frederico Pena, da Traffic Talentos, foi procurado pela reportagem do LANCE! e disse tratar dos interesses de Jobson, mas que não participa da transação entre Botafogo e Atlético-MG, apesar de confirmar o negócio.

A Traffic Talentos, braço da Traffic Sports, comanda projetos para cuidar da imagem de jovens atletas. O planejamento da empresa traça caminhos para que a imagem dos jogadores não seja superexposta na mídia. Jobson se envolveu em casos polêmicos nas duas últimas temporadas.