Presidente afirma que tribunal recebeu denúncia, mas os jogadores negam que tenha havido crime racial no primeiro jogo da decisão entre Bota e Fla
GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro
O julgamento de Juan, marcado para esta terça-feira, pode tomar proporções bem maiores do que um desentendimento dentro de campo. Em entrevista à Rádio Tupi durante a premiação dos melhores do Campeonato Carioca, nesta segunda-feira, o presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro, Antônio Vanderler, revelou ter sido informado que, depois de cometer falta violenta em Maicosuel, no primeiro jogo da decisão do Estadual, o lateral-esquerdo do Flamengo teria proferido xingamento racista ao meia do Botafogo.
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Convocado para comparecer ao julgamento de Juan, que foi denunciado pela forma como se dirigiu a Maicosuel após cometer a falta, o meia será perguntado se realmente foi vítima de racismo. Segundo Antônio Vanderler, caso o jogador alvinegro confirme, a questão deixaria a esfera desportiva e tornaria-se penal.
- Foi me dito de maneira informal que o Maicosuel teria comentado sobre um impropério racista do Juan. Caso haja a confirmação, o Ministério Público poderia interferir e denunciar o jogador por este crime, que é inafiançável. Mas se o atleta do Botafogo negue, a questão é imediatamente extinta - disse Vanderler à Rádio Tupi.
No entanto, quando deixavam a cerimônia de premiação do Estadual, Maicosuel e Juan negaram que a questão tenha ultrapassado o desentendimento normal que ocorre no campo de jogo.
- Isso não faz parte do caráter do Juan. Ele estava de cabeça quente e apenas xingou a minha mãe naquele momento - disse o jogador do Botafogo, que foi eleito o craque do campeonato.
Juan também mostrou-se surpreso com a informação e negou que tenha desrespeitado Maicosuel.
- Eu acho um absurdo o racismo e jamais faria algo do tipo.