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Marcio Braga não deixa por menos: ‘Não temos adversário no Rio’

Licenciado do cargo, presidente do Fla comemora hegemonia no estado, acordo com Adriano e projeta volta ao clube para o segundo semestre

Cahê Mota Rio de Janeiro


Licenciado da presidência do Flamengo por problemas de saúde, Marcio Braga trocou o discurso otimista habitual pelo silêncio na caminhada rubro-negra rumo ao quinto tricampeonato estadual de sua história. Com a taça de campeão garantida e de quebra a hegemonia do futebol carioca, o dirigente voltou à tona e não se privou de comemorar com jogadores e dirigentes a façanha em um restaurante na Zona Sul do Rio de Janeiro, ainda no domingo.

Em fase final da recuperação de uma cirurgia realizada no coração, Marcio Braga voltou a fazer do bom humor e do otimismo suas principais características e em bate-papo com o GLOBOESPORTE.COM celebrou a ultrapassagem sobre o Fluminense no ranking de títulos cariocas.

- Não temos mais adversários no Rio.

Admirador confesso de Adriano, o presidente também comentou a iminente volta do Imperador à Gávea e os fatos relevantes que estão acontecendo durante o período em que está ausente do clube, como o fim da parceria de 25 anos com a Petrobras, mas avisou:

- Só dá para pensar em voltar no segundo semestre.

Depois de viver tantos momentos históricos dentro do Flamengo, qual a importância de, no último ano do mandato, deixar o clube com a hegemonia do futebol carioca?

- Sou um jovem de 73 anos, no Flamengo estou há 33, e cheguei ao clube para fazer dele hegemônico no Rio de Janeiro. Não esperava isso também no Brasil e no mundo. Hoje somos o clube de maior expressão no mundo, não temos mais adversários no Rio de Janeiro, colocamos todos para trás, e acho que Deus foi muito bom comigo. Ele me manteve vivo para ver o Flamengo pentatri.

Confira a seguir toda a entrevista com o dirigente:

Um título como esse, com vitória nos pênaltis, era o teste que faltava para atestar a recuperação da cirurgia? Deu para segurar a emoção diante de uma conquista tão sofrida?

- Assisti ao jogo em pedaços. Os pênaltis eu preferi não assistir. A gente fica muito nervoso, o sangue sobe para a cabeça, não vale a pena arriscar.

Já dá para pensar em um retorno? - Ainda não. Só dá para pensar na volta no segundo semestre.

Ao mesmo tempo em que o Flamengo alcança a liderança no ranking de títulos estaduais, o clube perdeu, também em seu mandato, a hegemonia nas conquistas do Campeonato Brasileiro. Recuperá-la é uma missão para esta temporada?

- Só falta isso.

Na busca pelo hexa a equipe deve ter aquele que o senhor tratou como prioridade no início do ano: Adriano. Como recebeu a notícia da contratação?

- A volta dele é muito importante. É um rapaz feito no Flamengo, um grande jogador e que quer jogar no clube. Agora, sobre jogador de futebol a gente tem que esperar o contrato ser assinado para anunciar.

Tanta precaução tem relação com o que aconteceu com o Ronaldo? Ou a iniciativa do próprio Adriano é uma coisa que deixa o clube mais tranquilo?

- Ele é cria da casa, né? É Flamengo e nasceu aqui. É morador da Vila Cruzeiro. É gente nossa.
Durante a sua ausência, o Flamengo desfez a parceira com a Petrobras, da qual o senhor era um dos principais defensores...

- Continuo o maior defensor da Petrobras. Era o melhor contrato que o Flamengo podia ter. Mas era preciso receber. Nós não recebíamos mais por não termos condições. Então, não adiantava seguir com a parceria.