Novo presidente do Botafogo isenta elenco e comissão técnica por degola
Carlos
Eduardo Pereira afirma que primeiro passo para 2015 é liberar receitas e
evita falar em formato no departamento de futebol antes de reunião com
Mancini e Gottardo
Carlos Eduardo Pereira convocou a torcida para abraçar o time na volta à Série A (Foto: Sofia Miranda)
Minutos depois da confirmação do rebaixamento do Botafogo para a Série B do
Campeonato Brasileiro em 2015, o novo presidente do clube, Carlos Eduardo
Pereira, mostrou que já deixou o torcedor de lado para incorporar o dirigente
que comandará o Alvinegro no tortuoso caminho de volta à elite nacional. Sereno, se
apressou em isentar o plantel e a comissão técnica pela campanha pífia na
competição deste ano. A culpa é, para ele, do "Botafogo como
instituição". O primeiro passo para planejar a próxima temporada é no tribunal. Ele
afirmou que já nesta segunda-feira haverá uma reunião com objetivo de levar o clube
de volta ao Ato Trabalhista e liberar suas receitas. Sem isso, diz que o
Bota "acaba".
Em entrevista por telefone ao GloboEsporte.com, o presidente analisou a partida contra o Santos, disse que o elenco se dedicou e que o resultado "não chegou a ser surpreendente". Sobre o sentimento do torcedor nesta tarde de domingo, falou em sofrimento, mas não deixou de pedir apoio para a próxima temporada.
- Estou muito triste, como toda a grande torcida botafoguense, tenho certeza que estão todos muito sofridos. É uma tarde muito doída para todos nós. Mas tenham a certeza de que vamos trabalhar dobrado em 2015 e é muito importante que a torcida venha com o Botafogo. Abrace o Botafogo nesse momento difícil. Precisamos sair juntos dessa situação e sair mais fortes do que em 2014. Será um ano de superação - avisou.
Em entrevista por telefone ao GloboEsporte.com, o presidente analisou a partida contra o Santos, disse que o elenco se dedicou e que o resultado "não chegou a ser surpreendente". Sobre o sentimento do torcedor nesta tarde de domingo, falou em sofrimento, mas não deixou de pedir apoio para a próxima temporada.
- Estou muito triste, como toda a grande torcida botafoguense, tenho certeza que estão todos muito sofridos. É uma tarde muito doída para todos nós. Mas tenham a certeza de que vamos trabalhar dobrado em 2015 e é muito importante que a torcida venha com o Botafogo. Abrace o Botafogo nesse momento difícil. Precisamos sair juntos dessa situação e sair mais fortes do que em 2014. Será um ano de superação - avisou.
Carlos Eduardo
Pereira não deu detalhes sobre qual formato planeja implantar
no departamento de futebol para 2015. Afirmou que também nesta segunda
haverá um encontro para começar a definir o planejamento. O primeiro passo será
ouvir o técnico Vagner Mancini e o diretor Wilson Gottardo sobre o plantel,
para depois, então, definir o que será feito.
Confira a íntegra da entrevista do presidente Carlos Eduardo Pereira ao GloboEsporte.com:
O que achou da partida? Como foi esse momento do rebaixamento para o senhor?
Não tenho muita coisa que comentar, uma vez que a gente pegou o clube na semana passada, e procuramos dar o que estava ao nosso alcance de apoio ao plantel. Dentro da linha que eles vêm desempenhando, um trabalho de muita luta, de muita dedicação, hoje não foi diferente. Se empenharam profundamente e perderam para uma equipe que foi superior. Em um jogo fora de casa, é um resultado que não chegou a ser surpreendente. A responsabilidade por esse rebaixamento não é do plantel, é do que o Botafogo produziu ou não produziu ao longo de 2014. O Botafogo como instituição.
Confira a íntegra da entrevista do presidente Carlos Eduardo Pereira ao GloboEsporte.com:
O que achou da partida? Como foi esse momento do rebaixamento para o senhor?
Não tenho muita coisa que comentar, uma vez que a gente pegou o clube na semana passada, e procuramos dar o que estava ao nosso alcance de apoio ao plantel. Dentro da linha que eles vêm desempenhando, um trabalho de muita luta, de muita dedicação, hoje não foi diferente. Se empenharam profundamente e perderam para uma equipe que foi superior. Em um jogo fora de casa, é um resultado que não chegou a ser surpreendente. A responsabilidade por esse rebaixamento não é do plantel, é do que o Botafogo produziu ou não produziu ao longo de 2014. O Botafogo como instituição.
O senhor crê que os problemas nos bastidores foram decisivos para a queda?
Claro, foram determinantes, sobretudo o abandono que o plantel e a comissão
técnica tiveram da gestão que colocou o clube em uma encruzilhada e assistiu
passivamente sem buscar nenhuma alternativa, nenhuma solução, e sem se afastar
também. Acho que quando você não tem uma solução para uma empresa ou um clube
que você está conduzindo, o mínimo que você tem de fazer é se afastar e
permitir que outras pessoas tem de fazer. Essa diretoria nem fez, nem deixou
que outras pessoas do clube fizessem, então essa responsabilidade é basicamente
do clube, e não do plantel, muito menos da comissão técnica.
Como o senhor se sente nesse momento?
Estou muito triste, como toda a grande torcida botafoguense, tenho certeza que estão todos muito sofridos. É uma tarde muito doída para todos nós. Mas tenham a certeza de que vamos trabalhar dobrado em 2015 e é muito importante que a torcida venha com o Botafogo. Abrace o Botafogo nesse momento difícil. Precisamos sair juntos dessa situação e sair mais forte do que em 2014. Será um ano de superação.
O que já é possível prometer para a torcida agora, até falando de elenco também?
O que dá para prometer é um trabalho muito sério, muita dedicação, e um primeiro momento passa por equacionar as questões fiscais. Se o Botafogo não resolver, se os atores desse momento não entenderem que não é possível um clube operar com 100% das suas receitas bloqueadas por ações trabalhistas, então realmente estarão querendo o fim do Botafogo. Sem isso, a gente não pode contratar, assinar contrato com os jogadores, então vamos estar amanhã no Tribunal Regional do Trabalho buscando o retorno do Botafogo ao Ato Trabalhista (que limita em 15% sobre todas as receitas as penhoras dessa origem). Em paralelo, nossos advogados estão buscando outras medidas que protejam as receitas do clube e permitam que uma parte dessas receitas seja dedicada ao pagamento das demandas trabalhistas, mas não todas, senão o Botafogo acaba.
E o Engenhão, estará mesmo liberado para o estadual?
Como o senhor se sente nesse momento?
Estou muito triste, como toda a grande torcida botafoguense, tenho certeza que estão todos muito sofridos. É uma tarde muito doída para todos nós. Mas tenham a certeza de que vamos trabalhar dobrado em 2015 e é muito importante que a torcida venha com o Botafogo. Abrace o Botafogo nesse momento difícil. Precisamos sair juntos dessa situação e sair mais forte do que em 2014. Será um ano de superação.
O que já é possível prometer para a torcida agora, até falando de elenco também?
O que dá para prometer é um trabalho muito sério, muita dedicação, e um primeiro momento passa por equacionar as questões fiscais. Se o Botafogo não resolver, se os atores desse momento não entenderem que não é possível um clube operar com 100% das suas receitas bloqueadas por ações trabalhistas, então realmente estarão querendo o fim do Botafogo. Sem isso, a gente não pode contratar, assinar contrato com os jogadores, então vamos estar amanhã no Tribunal Regional do Trabalho buscando o retorno do Botafogo ao Ato Trabalhista (que limita em 15% sobre todas as receitas as penhoras dessa origem). Em paralelo, nossos advogados estão buscando outras medidas que protejam as receitas do clube e permitam que uma parte dessas receitas seja dedicada ao pagamento das demandas trabalhistas, mas não todas, senão o Botafogo acaba.
E o Engenhão, estará mesmo liberado para o estadual?
Estivemos com o prefeito Eduardo Paes na sexta-feira, foi um encontro muito
positivo, muito cordial, e a expectativa, o pleito do prefeito, é que o estádio
seja liberado para o Carioca. Não sabemos se será possível porque não depende
do desejo do prefeito, nem do nosso. Mas o compromisso do prefeito é pressionar
ao máximo essas empresas para que o estádio esteja disponível para o Carioca,
que será o nosso primeiro desafio no ano.
E qual é o pensamento para o futebol? O formato incluirá um executivo ou o vice de futebol tocará o dia a dia?
O nosso planejamento para 2015 começa nesta segunda-feira. A gente não pôde mexer em absolutamente nada porque a equipe ainda estava disputando o campeonato com chances de obter uma colocação. Então de modo algum quisemos fazer uma análise prévia do plantel, ou das atuações, ou muito menos da comissão técnica. Agora, o que vai se ouvir, é a comissão técnica, conhecer em maiores detalhes como o Mancini e o Gottardo enxergam esse plantel, acrescentar as nossas observações, e vamos definir o formato. Eu tenho algumas ideias, o Mantuano (vice de futebol) tem outras,então vamos consolidar essa visão para implementar para 2015.
E qual é o pensamento para o futebol? O formato incluirá um executivo ou o vice de futebol tocará o dia a dia?
O nosso planejamento para 2015 começa nesta segunda-feira. A gente não pôde mexer em absolutamente nada porque a equipe ainda estava disputando o campeonato com chances de obter uma colocação. Então de modo algum quisemos fazer uma análise prévia do plantel, ou das atuações, ou muito menos da comissão técnica. Agora, o que vai se ouvir, é a comissão técnica, conhecer em maiores detalhes como o Mancini e o Gottardo enxergam esse plantel, acrescentar as nossas observações, e vamos definir o formato. Eu tenho algumas ideias, o Mantuano (vice de futebol) tem outras,então vamos consolidar essa visão para implementar para 2015.