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Após uma vitória para cada lado, Bota e Vasco empatam no Engenhão

Em jogo equilibrado, equipes ficam no 1 a 1. Na despedida do Brasileirão antes da Copa, trio de arbitragem gera reclamação dos dois lados

Por GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro




No primeiro encontro entre Botafogo e Vasco em 2010, no dia 24 de janeiro, o time de São Januário aplicou uma goleada histórica (6 a 0), que causou a demissão de Estevam Soares e volta de Joel Santana a General Severiano. Em 21 de fevereiro, os clubes se reencontraram, e o Alvinegro conquistou o título da Taça Guanabara (2 a 0). Faltava um empate no ano. E ele aconteceu neste domingo. Em um clássico equilibrado no Engenhão, os dois times ficaram no 1 a 1, em jogo válido pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro.

Com a igualdade, o atual campeão carioca terminou a rodada em quinto lugar, com oito pontos. O Vasco permaneceu em 16º, como o primeiro time fora da zona de rebaixamento (cinco pontos). O Botafogo volta a campo na quarta-feira, quando enfrenta o Atlético-PR, às 19h30m (de Brasília), na Arena da Baixada. No dia seguinte, o Vasco recebe o Guarani em São Januário (21h).

Primeiro tempo repleto de chances de gol

As duas equipes entraram em campo com alterações em relação às formações que iniciaram os jogos no meio de semana. No Botafogo, além dos retornos esperados de Herrera e Caio ao ataque, Joel Santana decidiu escalar Túlio Souza no lugar de Sandro Silva. Do lado do Vasco, Celso Roth também mexeu no meio-campo, escalando Jumar na vaga de Souza,e Jeférson no lugar de Léo Gago.

Com meios-de-campo teoricamente mais ofensivos, com Túlio Souza e Jéferson nos lugares de volantes, as chances não demoraram a surgir. Com seis minutos, Lucio Flavio cobrou uma infração pelo lado esquerdo com rapidez e deixou Herrera frente a frente com Fernando Prass. O argentino dominou e tocou na saída do goleiro, mas a bola passou rente à trave esquerda. No minuto seguinte, o Vasco deu a resposta. Ernani, que substituiu Ramon, contundido, cruzou da direita para Nilton. O volante apareceu na área e cabeceou com muito perigo.


O jogo seguia aberto. E em sua última atuação no Campeonato Brasileiro antes da participação na Copa do Mundo, Carlos Eugênio Simon se envolveu uma polêmica. Aos dez minutos, Lucio Flavio invadiu a área e, aparentemente, foi tocado na perna esquerda por Cesinha. Apesar dos protestos dos alvinegros, o árbitro brasileiro no Mundial da África do Sul nada marcou após olhar para o assistente Altemir Hausmman, aparentando estar em dúvida.

O planejamento de Celso Roth para o jogo precisou ser modificado aos 20 minutos. Jumar sentiu uma fisgada na coxa, e teve que deixar o jogo. Souza entrou em seu lugar.

A mudança precoce não afetou o Vasco. Ao contrário, o time melhorou. Jéferson fez bela jogada aos 25 minutos e chutou cruzado. O seu xará botafoguense espalmou com dificuldade. No minuto seguinte, o time de São Januário chegou ao gol. Ernani arrancou pela esquerda, tabelou com Philippe Coutinho, invadiu a área, passou por Fábio Ferreira e trocou de perna para tocar de canhota na saída de Jefferson.

A desvantagem botafoguense não durou dez minutos. Aos 35, Nilton, caído, interceptou a bola com o braço direito diante de Antônio Carlos, que tentava concluir a gol. Simou apontou a marca do pênalti. De volta ao time após a briga diante do Goiás com o colega Caio, Herrera cobrou forte, de bico, no canto esquerdo, igualando o marcador. Na comemoração, recebeu um abraço do companheiro de ataque.

Na etapa final, vez do Vasco reclamar


No segundo tempo, logo com cinco minutos, foi a vez dos vascaínos reclamarem da arbitragem. Jéferson tabelou com Élton, recebeu diante de goleiro alvinegro e colocou a bola na rede. Mas o auxiliar Altemir Hausmman, que também vai à Copa, anulou, alegando que Élton teria puxado a camisa de Fahel. O visitante voltou a assustar o time da casa aos dez. Nilton mandou uma bomba de fora da área, e Jefferson fez bela defesa.

Diante da maior presença ofensiva do Vasco, Joel Santana decidiu mexer no Botafogo, com a entrada de Edno no lugar do cansado Túlio Souza. No retorno ao Alvinegro, Caio teve problemas com a defesa adversária. Em um espaço de cinco minutos, machucou o ombro direito ao ser atingido involuntariamente por Rafael Carioca após uma disputa área. Em seguida, foi atingido pelo volante com uma cotovelada. Simon não apontou falta. Com a dificuldade de superar a marcação, Caio passou a jogar pela esquerda, trocando de lado com Herrera. E na primeira jogada pelo setor, o camisa 9 lançou errado para o argentino. O 'talismã' acabou substituído, ouvindo vaias de muitos torcedores e aplausous de alguns ao deixar o gramado.

Sem conseguir superar a marcação, o Alvinegro decidiu arriscar de longe. Aos 26, Edno chutou bem de fora da área, e Fernando Prass espalmou. Dois minutos depois, Edno criou nova chance, avançando pela esquerda e cruzando para Herrera. Dentro da área, o atacante completou mal, perdendo boa oportunidade. Aos 33, os papéis se inverteram. Herrera tocou para o meia-atacante, que chutou rente ao travessão.

Mais recuado, o Vasco só voltou a ameaçar com Élder Granja aos 34. O lateral roubou a bola no meio-campo e arrancou até o bico da pequena área adversária. Mas chutou fraco diante de Jefferson, que defendeu.

Na reta final da partida, as duas equipes ainda tentaram o desempate, mas os defensores levaram vantagem sobre os atacantes. Confirmando o resultado que faltava no confronto entre Botafogo e Vasco em 2010.

Botafogo 1 x 1 vasco Jefferson, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Fahel: Alessandro (Marcelo Cordeiro); Leandro Guerreiro, Túlio Souza (Edno), Lucio Flavio e Somália: Caio e Herrera..

Fernando Prass, Élder Granja, Cesinha (Titi), Dedé e Ernani; Jumar (Souza), Nilton, Rafael Carioca e Jéferson (Magno); Philippe Coutinho e Élton.

Técnico: Joel Santana.
Técnico: Celso Roth.

Gol: Ernani, aos 26 minutos do primeiro tempo, e Herrera, aos 35.
Cartões amarelos: Fahel (BOTA), Jumar, Cesinha, Nilton (VAS).

Público: 16.368 pagantes (20.373 presentes).
Renda: R$ 361.590,00

Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ).
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (Fifa/RS).
Auxiliares: Altemir Hausmann (Fifa/RS) e Roberto Braatz (Fifa/PR).