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Dodô despista sobre futuro e diz que perdeu a confiança nas pessoas do Bota

Jogador começa a planejar retorno após punição de dois anos, que termina em 7 de novembro. Futebol dos Estados Unidos pode ser o destino



GLOBOESPORTE.COM
Rio de Janeiro  



                                                 Agência/Divulgação



Dodô não esconde a felicidade com a proximidade do fim da punição de dois anos Dodô não atua desde o ano passado após deixar o Fluminense. Ele foi punido por dois anos por conta de doping em decisão tomada pelo Tribunal Arbitral do Esporte. No Botafogo atuou até 2007, mas o caso onde foi detectado o uso da substância femproporex (um tipo de anfetamina comum em inibidores de apetite) em uma partida contra o Vasco, quando defendia o Glorioso, parece ter deixado uma ponta de decepção com o clube.

- Eu poderia ter ficado no Botafogo, ter feito um contrato mais longo. Mas perdi a confiança nas pessoas que trabalhavam lá e não podia ficar. Por isso saí do Botafogo. E sabia quando fui para o Fluminense que, se tivesse a suspensão, ficaria sem contrato. Fui para lá já esperando a punição e me planejando - contou em entrevista à Rádio Brasil.

Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM em setembro, Dodô disse que estaria no Botafogo até hoje caso não houvesse a ingestão da substância proibida

                                            Joanna de Assis/TV Globo




- Estou conversando. Não tem nada certo. Minha suspensão termina e tem a possibilidade de ir nesse ano (para os Estados Unidos), mas tem que ver, tem muitas coisas que tem que dar certo para eu ir para lá – explicou.




O artilheiro dos gols bonitos, como é chamado, despistou sobre um possível acerto com qualquer time, mas não escondeu a vontade de jogar. Ele disse ainda que não tem mágoa de Renato Gaúcho, que o deixou diversas vezes no banco de reservas na época em que defendeu o Fluminense e contou que saiu do clube porque já sabia que seria punido.




Entenda o caso




Submetido ao exame antidoping após a vitória do Botafogo por 4 a 0 sobre o Vasco, no dia 14 de junho de 2007, Dodô foi pego pelo uso de femproporex, medicamento de uso controlado da classe das anfetaminas, utilizado no auxílio ao combate da obesidade por ser um inibidor do apetite. A substância havia sido encontrada em pílulas de cafeína dadas aos jogadores alvinegros, mas de um lote contaminado. Em 9 de julho o atacante foi suspenso preventivamente pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, e 15 dias depois pegou um gancho de 120 dias.




Em novo julgamento no STD, no dia 2 de agosto, Dodô acabou absolvido. A Fifa e a Wada, agência mundial antidoping, comunicaram à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que entrariam com um recurso na Corte Arbitral do Esporte (CAS), que adiou o julgamento várias vezes até dar o veredicto final, no dia 11 de setembro de 2008: o atacante, que havia trocado o Botafogo pelo Fluminense, estava suspenso por dois anos. A pena, no entanto, começara a valer em 6 de dezembro de 2007. Descontados os 28 dias em que o jogador ficou parado por decisão do STJD, ela termina no próximo dia 7 de novembro.


Dois dias depois da decisão do CAS, já sem clube, o atacante entrou com um recurso no Tribunal Internacional, em Lausanne, Suíça, tentanto a anulação da decisão do CAS. A resposta negativa veio no fim de janeiro deste ano, e Dodô agora está a pouco mais de um mês do seu retorno aos gramados, algo que ele nunca duvidou.

Dodô malha para voltar em forma Sua suspensão termina em 7 de novembro. Porém, como o período para inscrições em competições nacionais já se encerrou, apenas em 2010 poderá a vestir voltar a camisa de um clube brasileiro. A saída então poderia ser o futebol dos Estados Unidos. O jogador se esquiva.