Botafogo revive o pesadelo do ano passado
Números do time na última temporada desanimam alvinegros
Jogadores do Botafogo conversam para se acertar no Brasileiro (Crédito: Gilvan de Souza)
Bernardo Gleizer RIO DE JANEIRO
Danilo Santos RIO DE JANEIRO
Em julho de 2007, o Botafogo vivia excelente momento, sendo líder do Brasileiro. Mas começaram a surgir os problemas e o time desandou. Um ano depois, a fase já não é boa e novamente fatores negativos se acumulam. Essa é a principal preocupação no clube e, por este motivo, todos pedem que a reação comece já no jogo contra o Grêmio, no domingo.
O volante Leandro Guerreiro já alertou que parece que o filme está se repetindo (ver problemas de 2007 e 2008 no quadro ao lado). Um dos líderes do grupo, Túlio tem o mesmo sentimento. Admitindo que os insucessos no Carioca e na Copa do Brasil o abalaram, o jogador cobra mais atitude dos companheiros.
– Temos de esquecer tudo isso. Passamos por um momento terrível, mas é preciso olhar para a frente,mudar a postura. O clima aqui é ótimo, mas se o time continuar não rendendo, isso deve mudar também. Todos precisam ter autocrítica e dar um pouco mais de si. Se demorarmos a reagir, não vamos brigar por mais nada – avisou.
Alguns dos fatores negativos são semelhantes. Se em 2007 houve indisciplina de Zé Roberto, agora Diguinho e Eduardo estiveram em uma boate na antevéspera do clássico com o Fluminense. Se no ano passado o próprio Túlio foi suspenso pelo STJD, desta vez Andre Luis acabou punido. Agora, ainda há o atraso de salários, a busca por reforços e a má fase dos atacantes, que não marcaram sob o comando de Geninho.
Enquanto a diretoria tenta solucionar os problemas, os jogadores buscam fazer sua parte. O estopim, para eles, foi a atuação ruim diante dos reservas do Fluminense.
– O maior defeito foi a falta de motivação. Foi um desastre, saímos pessimistas, desanimados, porque sabemos que podemos ser melhores. Nosso futebol sempre foi ofensivo, elogiado por todos. Estamos pecando pelo medo de errar. Espero que mudemos logo isso – disse Túlio.