Técnico acompanhou a saída do time de braços dados com Renato e Antônio Carlos depois da vitória sobre o Friburguense
Por Thales Soares Rio de Janeiro
Apesar da vitória por 3 a 1 sobre o Friburguense, neste domingo, no Engenhão, o Botafogo sofreu com a reclamação da torcida, principalmente o meia Andrezinho e o lateral-direito Lucas, vaiados diretamente. No fim do jogo, o técnico Oswaldo de Oliveira fez questão de demonstrar a união do grupo, retirando praticamente todos os jogadores juntos de campo e de braços dados com Renato e Antônio Carlos, alvo de críticas pela falha no lance do gol do adversário.
Oswaldo rechaçou as vaias dos torcedores, principalmente pela classificação antecipada para a semifinal da Taça Rio. O Botafogo ainda vai enfrentar o Boavista, dia 15, em São Januário, para definir se será primeiro ou segundo lugar do Grupo A. Hoje, o time é o vice-líder, com 17 pontos, um a menos do que o Flamengo.
- Essa foi a reação de alguns. Não de todos. Somos uma equipe. O Andrezinho errou na quarta-feira (contra o Guarani), hoje foi o Antônio Carlos, o Caio... Vamos ganhar juntos e, quando perdermos, perderemos juntos sempre. Só quis demonstrar que isso aqui é um grupo e não individualidades que mereçam mais ou menos atenção. É o Botafogo que está jogando - afirmou Oswaldo, com certa irritação na voz.
Oswaldo adota discurso de coletividade no
Botafogo (Foto: Fernando Soutello / AGIF)
Botafogo (Foto: Fernando Soutello / AGIF)
A campanha do time no Campeonato Carioca merece destaque. O Botafogo é o único invicto da competição, depois de 15 jogos disputados. Os outros grandes já sofreram derrotas. No Grupo B, ainda existe a possibilidade de Fluminense e Vasco ficarem fora das semifinais da Taça Rio.
- Friburguense, Boavista, Macaé e outros ganharam de um dos outros três grandes. Nenhum deles ganhou da gente. Tenho visto os outros jogos e os pequenos dominam os grandes, que só decidem no final por causa de seus craques e artilheiros e fica tudo encoberto. Estou satisfeito com o Botafogo - analisou Oswaldo.
Como última defesa em relação aos seus jogadores, o treinador lembrou de um amistoso da Seleção Brasileira na preparação para a Copa do Mundo de 1970, quando estava no Maracanã. Na época, Oswaldo acompanhou um momento raro da carreira de Pelé.
- Os jogadores são seres humanos. Eventualmente, vão errar mesmo. Vi o Pelé dar uma furada num amistoso com País de Gales antes da Copa do Mundo de 1970. E era o o Pelé. O que importa é que o time ganhou mais uma vez, como grupo - disse Oswaldo. - O erro pode acontecer, o que não pode é ficar sem reação, como aconteceu com o Antônio Carlos no gol do Friburguense. Não pode se entregar.