— Eu tinha 18 anos. Às 13h30m começava o jogo do segundo "team" (preliminar) no campo da Rua Paysandu (no Flamengo). Quando eu cheguei, o roupeiro me falou que o técnico havia lhe dado ordens para não me entregar o uniforme porque eu não iria jogar. Trinta minutos depois, o técnico me procurou e disse que eu iria jogar pelo primeiro "team" (equipe principal). Foi o mundo para mim.
A estreia não poderia ter sido melhor. Vitória de 1 a 0. A primeira de uma série de triunfos sobre o Tricolor ("Nunca perdi para o Fluminense"). Aos 99 anos, Fernandinho, como ficou conhecido nos tempos de Flamengo, é uma das maiores memórias vivas do centenário clássico. Curiosamente, elegeu como o mais marcante um que terminou em 0 a 0. Explica-se: não foi qualquer Fla-Flu, mas o da decisão do Estadual de 1963, recorde de público da história do Maracanã com 200 mil torcedores.
— Foi um jogo eletrizante. O Maracanã estava lotado. O Fluminense pressionou o tempo todo, mas o goleiro Marciel defendeu todas e o Flamengo foi campeão — recordou.
A mistura do preto e vermelho com o verde, branco e grená acompanhou a vida de Fernandinho mesmo após sua precoce aposentadoria dos gramados, quando ainda tinha 22 anos. Dos confrontos com o Fluminense, estabeleceu fortes laços de amizade com Preguinho, ponta-esquerda tricolor e até hoje um dos maiores ídolos das Laranjeiras.
— Nós fundamos o Olympico Club, na Cinelândia — disse o ex-goleiro, para logo em seguida se levantar e ir até o quarto buscar a carteirinha de sócio-fundador, datada de 1935.
A sede do Olympico mudou para Copacabana e Preguinho já não faz mais companhia a Fernandinho. Marcas de um tempo que passou, mas não altera o amor que ele tem pelo Flamengo. Até hoje, acompanha todas as partidas do clube. Gosta muito de Vagner Love, o melhor da equipe atual, em sua opinião. Mas seu maior xodó é Júlio César, que defendeu a camisa 1 no fim dos anos 1990 e início dos 2000.
— Quando ele era um garoto eu apostei nele. Foi o melhor goleiro que já vi passar pelo Flamengo — elogiou Fernandinho, que agora aposta suas fichas em Paulo Victor, o titular da posição hoje. — Esse menino leva jeito.
— Nós fundamos o Olympico Club, na Cinelândia — disse o ex-goleiro, para logo em seguida se levantar e ir até o quarto buscar a carteirinha de sócio-fundador, datada de 1935.
A sede do Olympico mudou para Copacabana e Preguinho já não faz mais companhia a Fernandinho. Marcas de um tempo que passou, mas não altera o amor que ele tem pelo Flamengo. Até hoje, acompanha todas as partidas do clube. Gosta muito de Vagner Love, o melhor da equipe atual, em sua opinião. Mas seu maior xodó é Júlio César, que defendeu a camisa 1 no fim dos anos 1990 e início dos 2000.
— Quando ele era um garoto eu apostei nele. Foi o melhor goleiro que já vi passar pelo Flamengo — elogiou Fernandinho, que agora aposta suas fichas em Paulo Victor, o titular da posição hoje. — Esse menino leva jeito.