Alvinegro tem feito esforço maior nos 90 minutos por decidir partidas quase sempre no fim. Oswaldo lembra que não dá para combinar com adversário
  Virou rotina. Apesar da invencibilidade na temporada, o Botafogo tem  penado para resolver seus jogos. De dez compromissos até aqui, em oito o  time de Oswaldo de Oliveira foi para o intervalo empatando ou perdendo e  teve de construir o resultado perto do fim. Por um lado, isso prova que  o fôlego está em dia. Por outro, porém, é um indicativo de que o  desgaste é grande. Com dois meses de trabalho, o preparador físico do  elenco avaliou a situação e ainda crê em melhora.
  - Todos os jogadores estão em plena evolução, ainda não atingimos a  forma que se espera. Faltam algumas semanas, talvez, e o período de  verão é prejudicial. Essa análise procede, prova que o esforço e a  entrega têm sido exemplares, mas se devem às substituições pontuais do  treinador e às dificuldades da competição. É melhor vencer, mesmo que  seja no sufoco, do que perder pontos. A aplicação e o rendimento são no  limite máximo. Nosso objetivo é deixá-los prontos para encarar os  desafios - afirmou Ricardo Henriques, parceiro na comissão de Oswaldo  desde antes do Japão.
 
 Um dos destaques do time, Andrezinho já teve duas lesões em 2012 (Foto: Agência Lance Press )
  Acaso ou não, o Alvinegro vem tendo diversos problemas de lesão (foram  nove musculares só em um mês), que não são privilégio do time - já que  os rivais também estão desfalcados -, mas que preocupam e, de acordo com  o profissional, têm, sim, ligação direta e clara explicação na maratona  e o fato de que a equipe é a única a não poupar. Fla, Flu e Vasco já  diminuíram a carga em algum momento por causa da disputa da  Libertadores.
  - O Botafogo jogou em média a cada 96 horas, são quatro dias, e também  não pôde relaxar em momento algum. É um dado que eleva o risco de lesões  - ressaltou Ricardo Henriques, assegurando que não há exagero nas  atividades físicas.
  'Não dá para combinar'
  O discurso de Oswaldo de Oliveira mostra indiferença à estatística.  Segundo ele, as circunstâncias dos jogos têm obrigado seu comandados a  correrem até o último minuto.
 
 Preparador físico Ricardo Henriques, em General
(Foto: André Casado / Globoesporte.com)
(Foto: André Casado / Globoesporte.com)
  - São circunstâncias, não posso programar ou resolver isso, só orientar  o time. O que se faz durante a semana é produtivo, tem dado resultado,  mas existe a interferência direta do adversário, não dá para combinar.  Em algumas vezes até abrimos um placar elástico (Bonsucesso e Olaria).  Fico feliz se conseguirmos sair de campo vitoriosos. A partida tem 90  minutos para isso - disse.
  Uma dos pedidos mais efetivos do treinador é facilmente observado, mas  não tem surtido efeito com frequência, em termos de garantir mais  tranquilidade no primeiro tempo: a pressão na saída de bola dos rivais,  sobretudo no começo do confronto.
  - A orientação segue a mesma, temos de impedir o adversário de se  organizar. Em um jogo apenas, que não me lembro qual foi, pedi para  segurarem um pouco - citou Oswaldo.
  A novidade diante do Bangu, neste sábado, em Moça Bonita, é Jobson, que  fica no banco. O atacante está liberado após a suspensão por doping e  teve sua condição elogiada pelo preparador físico, que, por conta da  falta de ritmo, indica que o ideal era que o camisa 11 não atuasse mesmo  o jogo todo, como planejou o comandante.
  - Ele tem realizado os trabalhos em igualdade com os companheiros e  conta com um condição física privilegiada. É realmente muito forte neste  aspecto -  comentou Ricardo.
 
 
