Em alta no mercado, Somália vive instabilidade com a torcida

Volante admite que viver entre aplausos e vaias é situação diferente, mas garante não pensar em saída do Botafogo

Por Gustavo Rotstein e Thiago Fernandes Rio de Janeiro

 

Somália: altos e baixos na relação com a torcida
(Foto: Wagner Meier / Agência Estado)

Se para alguns dirigentes e treinadores do Brasil Somália é uma unanimidade positiva, para a torcida do Botafogo ele está longe de ser consenso. Durante os 90 minutos em que esteve em campo no empate em 1 a 1 com o Resende, no último domingo, passou de vaiado a aplaudido, principalmente quando foi deslocado para a lateral direita. O volante admite não sentir-se confortável com a situação, mas procurar lidar com ela da melhor forma possível.

- São sensações diferentes em pouco tempo. Torcedor vive de emoção e vai para o estádio ver o time vencer e convencer. As vaias são ruins porque tiram a confiança do jogador, até mesmo aquele quem está no banco. Não acrescenta em nada. O que ajuda, sim, é o apoio.

Na arquibancada, Somália divide opiniões. Mas no mercado do futebol é um dos jogadores mais valorizados. O volante interessa ao Cruzeiro, que poderia envolvê-lo numa possível negociação de Gilberto com o Botafogo. A possibilidade de atuar no meio-campo e nas duas laterais é um atrativo, mas ele garante que sua ideia de futuro se limite a General Severiano.

- Por jogar nas laterais e no meio-campo, tenho uma característica que agrada a muitos treinadores. Todo profissional gosta de um jogador assim. Isso me valoriza e me deixa feliz por ser lembrado. Mas meu objetivo é ser campeão no Botafogo e me valorizar ainda mais. Deixo esse assunto para o meu empresário e para o clube - disse.

Apesar dos elogios, o técnico Caio Júnior não poderá contar com Somália na partida contra o Paraná Clube. O volante foi expulso no jogo de ida, em Curitiba, e cumpre suspensão na volta, nesta quarta-feira, no Engenhão.