Representante do lateral-esquerdo alega danos morais, ressalta divergência entre dirigentes do próprio Alvinegro e espera que contrato seja rescindido
Gustavo Rotstein
Rio de Janeiro
Orientado por seu agente, Michael não compareceu ao treino do Botafogo nesta terça-feira. O futuro do lateral-esquerdo é imprevisível e, pelo visto, está longe de ser resolvido, já que nada ficou decidido após uma reunião ocorrida na parte da tarde, que contou com dirigentes alvinegros e o advogado do jogador.
Giuseppe Dioguardi, entretanto, afirmou que a sua intenção é que Michael não jogue mais pelo Alvinegro. Segundo ele, o técnico Estevam Soares e o vice de futebol André Silva, com algumas declarações, fecharam as portas de General Severiano para o lateral. Por isso, ele busca a rescisão de contrato e também promete processar o clube.
- Pretendo entrar amanhã com uma ação contra o Botafogo e o vice de futebol por danos morais. Foi feita uma tempestade em copo d’água com o caso do Michael. O dirigente falou coisas absurdas a respeito do jogador, e a intenção é que o contrato seja rescindido nos próximos dias.
Presente à reunião, o presidente Maurício Assumpção tentou contornar o assunto e, de acordo com Giuseppe Dioguardi, tem visão diferente de Estevam Soares e André Silva. O agente se mostra irritado com o que, segundo ele, é a divergência de opiniões dentro do Botafogo.
- Estou surpreso com a decisão do presidente, que deseja a permanência de Michael, enquanto treinador e vice já disseram que o jogador não atua mais pelo Botafogo. Desse jeito, não há como o jogador continuar. Por isso queremos a rescisão - disse.
No entanto, o presidente garante não ter tomado qualquer partido no imbróglio.
- Minha única preocupação é com o Botafogo. Quero que seja feito o que for melhor para o clube, seja no caso de uma rescisão ou de que o Michael permaneça e cumpra seu contrato - limitou-se a dizer o presidente.