Gustavo Rotstein e Marlos Bittencourt Rio de Janeiro
Quase 20 anos atrás, dia 21 de junho de 1989, o torcedor do Botafogo Wellington Cândido, de 45 anos, comemorou duas vitórias: o fim do jejum de títulos sobre o Flamengo, 1 a 0, gol de Maurício, no Carioca, e o nascimento de seu filho, também Wellington, no dia anterior, dia 20. O que Wellington Cândido não sabia é que aquele menino que acabara de nascer estaria numa decisão contra o mesmo Rubro-Negro.
O garoto, hoje com 19 anos, é o volante do Botafogo Wellington Júnior. O jogador não é titular do time, mas para os supersticiosos alvinegros isso poderá ser um bom presságio para a decisão da Taça Rio, domingo, no Maracanã.
- Não me lembro do título, claro. Mas a data, para mim, tem uma lembrança muito especial. Foi no ano do meu nascimento que o Botafogo foi campeão estadual e acabou com o jejum de título. Gostaria de conhecer Maurício, autor do gol – pediu Wellington Júnior.
Wellington Cândido quer viver, vinte anos depois, novamente a emoção de ser campeão sobre o Flamengo. Caso o Botafogo conquiste o título, ele não vai comemora-lo na maternidade, como aconteceu em 1989.
- Minha mulher (Georgete) teve um problema após o parto e não conseguimos ir para casa. Vi a decisão na recepção do hospital, numa TV pequena. Desta vez estarei no Maracanã para comemorar – afirmou o pai, todo orgulhoso do filho.
Após a decisão de 1989, o Botafogo enfrentou o Flamengo em mais sete finais, mas os alvinegros perderam todas. Vinte anos depois o jejum de títulos sobre os rubro-negros será quebrado novamente?
- Espero que sim – torce Wellington Cândido.
